terça-feira, setembro 28, 2004

O-Zone (Part two)

Depois da tradução mais literal da letra publicada num post anterior, veio-me à atenção um site que decidiu fazer uma tradução mais, digamos original, da música. Visitem o Vitominas.com.

segunda-feira, setembro 27, 2004

Passeio dos Sádicos

Todos aqueles que vivem em Lisboa ou arredores conhecem a expressão "passeio dos tristes". Falo daquele costume tão tuga que é o de pegar na famelga toda, enfiá-la no carro e partir, de preferência Domingo depois de almoço, pela marginal, em direcção à linha de cascais, com o intuito de ir observar umas escarpas rochosas com piscinas naturais no seu meio. O mais "triste" é que esta gente viaja quase todas as semanas para o mesmo sítio. Nota: As escarpas foram formadas por milhões de anos de erosão por parte das águas do mar e deslocações de placas tectónicas, pelo que não me parece que sofram grandes alterações visuais durante uma semana.
Agora, temos uma nova versão deste passeio: o "Passeio dos Sádicos". Esta gente enfia-se nas suas viaturas, percorrem horas de viagem, com destino a Figueira, uma vila no concelho de Portimão, onde se desenrola a história (abominável) do desaparecimento de uma criança. Esta gente junta-se aos magotes, na rua da casa onde vivia a menina, apenas para ver a casa, como se duma atração turística se tratasse, ou como se estivessem à espera de uma aparição de Nossa Senhora. Quando entrevistados vemos gente que vem de Setúbal, Santarém, Figueira da Foz e Braga que dizem para as câmaras que "passaram por acaso por lá" ou que "vim almoçar aqui ao pé e decidi vir ver". Não tarda temos lá gente com pás a escavar buracos nos quintais para ver se encontram um osso ou assim para levar como souvenir para a aldeia.
Esta gente devia ter olhos na cara e perceber que aquilo é um drama pessoal e humano e não uma promoção do Campera.
Viu-se o mesmo em Entre-os Rios e ver-se-á o mesmo na próxima tragédia nacional mas, quando é preciso ajudar, como nos incêndios e assim, nem vê-los.
Ao menos que comece a Quinta das Celebridades que ao menos assim o tuga vai para o campo ver vacas (animais e humanas) e não chateia as pessoas.

domingo, setembro 26, 2004

Originalidade Hertziana

Como já devem ter reparado pelo meu historial de posts, sou um indivíduo que gosta de ver a sua televisão. Gosto da sua originalidade, da sua possibilidade de inovação, versatilidade e variedade. Falemos de filmes; existem milhões de filmes diferentes pelo mundo inteiro, com centenas de milhares destes a chegar ao cinema, com milhares a ter distribuição mundial e com mais de 250 a render acima dos 200 milhões de dólares em salas por todo o mundo. É muito filme...
Agora pergunto-vos eu: Com tanto filme disponível para passar, será que os senhores das televisões pensam seriamente que eu estarei interessado em assistir à 20ª repetição d'"O Chacal" e ao 100º visionamento de "Armageddon" ?
Já não chega a produção nacional de televisão ser no mínimo medíocre, mas também pensam estes senhores que o nível internacional deve nivelar por baixo, reduzindo ao mínimo a variedade, fazendo assim com que filmes potencialmente interessantes se tornem em mais um intervalo enfadonho de 2 horas na programação.

quarta-feira, setembro 22, 2004

O-Zone

Eu, como pessoa sempre atenta às modas estúpidas desta sociedade, reparei que toda a gente anda e andou a cantarolar o êxito dessa banda homossexual (vejam o videoclip) de leste que são os O-Zone. A sua música Dragostea Din Tei é-me bombeada diariamente quando algum dos meus comparsas da vida sedentária me aparece no café a cantarolar aqueles versos inperceptíveis (até agora...).
Na sua versão original temos o seguinte.

Dragostea Din Tei
x5
Ma-ia-hii
Ma-ia-huu
Ma-ia-hoo
Ma-ia-haa
Alo, Salut, sunt eu, un haiduc,
Si te rog, iubirea mea, primeste fericirea.
Alo, alo, sunt eu Picasso,
Ti-am dat beep, si sunt voinic,
Dar sa stii nu-ti cer nimic.
Vrei sa pleci dar nu ma, nu ma iei,
Nu ma, nu ma iei, nu ma, nu ma, nu ma iei.
Chipul tau si dragostea din tei,
Mi-amintesc de ochii tai.
Vrei sa pleci dar nu ma, nu ma iei,
Nu ma, nu ma iei, nu ma, nu ma, nu ma iei.
Chipul tau si dragostea din tei,
Mi-amintesc de ochii tai.
Te sun, sa-ti spun, ce simt acum,
Alo, iubirea mea, sunt eu, fericirea.
Alo, alo, sunt iarasi eu, Picasso,
Ti-am dat beep, si sunt voinic,
Dar sa stii nu-ti cer nimic.
Vrei sa pleci dar nu ma, nu ma iei,
Nu ma, nu ma iei, nu ma, nu ma, nu ma iei.
Chipul tau si dragostea din tei,
Mi-amintesc de ochii tai.
Vrei sa pleci dar nu ma, nu ma iei,
Nu ma, nu ma iei, nu ma, nu ma, nu ma iei.
Chipul tau si dragostea din tei,
Mi-amintesc de ochii tai.
x4
Ma-ia-hii
Ma-ia-huu
Ma-ia-hoo
Ma-ia-haa
Vrei sa pleci dar nu ma, nu ma iei,
Nu ma, nu ma iei, nu ma, nu ma, nu ma iei.
Chipul tau si dragostea din tei,
Mi-amintesc de ochii tai.
Vrei sa pleci dar nu ma, nu ma iei,
Nu ma, nu ma iei, nu ma, nu ma, nu ma iei.
Chipul tau si dragostea din tei,
Mi-amintesc de ochii tai

Isto parece-me bonito, com a letra claramente erudita e romântica
Agora, para todos os ignorantes por aí, vejamos uma tradução deste hit:

O Amor sob a Tília

Olá!, como estás?, sou eu, um 'haiduc' (cavaleiro)
E, por favor, meu amor, recebe a felicidade.
Olá!, olá!, sou eu, Picasso,
Mandei-te um 'beep' e sou valeroso;
Mas repara que não te peço nada.
X2
Queres ir-te embora, mas tu não me levas,
Não, não me levas, não, não me levas.
A túa cara e o amor sob a tília
Lembram-me os teus olhos.
Chamo-te para te dizer o que é que sinto agora,
Olá!, meu amor, sou eu, a felicidade.
Olá!, olá!, sou eu, Picasso,
Mandei-te um 'beep' e sou valeroso;
Mas repara que não te peço nada.
X2
Queres ir-te embora, mas tu não me levas,
Não, não me levas, não, não me levas.
A túa cara e o amor sob a tília
Lembram-me os teus olhos.
x4
Ma-ia-hii
Ma-ia-huu
Ma-ia-hoo
Ma-ia-haa
X2
Queres ir-te embora, mas tu não me levas,
Não, não me levas, não, não me levas.
A túa cara e o amor sob a tília
Lembram-me os teus olhos

Que poetas, que génios e que idiotas que são aqueles que trauteam os versos pelas ruas do nosso país. Aprendam e calem-se. Agradecimentos ao Estórias da Ruiva.

terça-feira, setembro 21, 2004

Humor na TV... só pagando

Quando hoje passeava pela internet,observei alguns destaques da nova grelha dos vários canais e, como sempre, veio-me uma ideia clara à cabeça: Porque é que os 4 canais da antena não têm um único programa de humor decente?!?
Tirando alguns minutos diários na RTP2, quem não pagar aos senhores do cabo apenas pode retirar alguns momentos de alegria através dos papalvos que decidem ir dizer que a mãe diz que eles cantam bem, para o Ídolos. Podem também rir-se com o (raro) humor de jeito que passa no Levanta-te e ri.
Temos séries como Seinfeld, Doido por Ti, Couplings, King of Queens, Cheers, Uma Família às Direitas, Murphy Brown, só para referir alguns dos destaques dos canais portugueses (nunca esquecer a mítica britcom na BBC). Com séries destas a passar nos canais da TV Cabo, porque é que será que as pessoas que, vivendo na província ou, em especial, quando eu vou à província, são obrigados a pensar que bom é ver os batanetes (que só o nome me deixa a pensar se não serei retardado por estar a ver aquilo), o prédio do Vasco (série que, para mim, inclui um dos sketches mais racistas do momento, para além de um actor semelhante a uma beterrada que é porteiro num prédio em que todos os habitantes contam piadas secas). O Herman decai a cada dia, parecendo, a cada semana que passa, um clone do Roberto Leal, para além de ter optado por abdicar daquilo em que era bom, criar personagens e inventar sketches (aí sim, tinha qualidade). Agora decide fazer o programa assim: Aparece no palco, conta três piadas de mau gosto, manda entrar o stripper masculino com um envelope qualquer, manda a banda tocar e começa a cantar em alemão, os patetas da corte dele começam também a cantar, incluindo Vitor de Sousa que decidiu abraçar definitivamente a sua faceta transformista. Depois começa a entrevistar, sem nunca deixar o convidado falar, apresenta uma banda estrangeira e começa a tentar engatar O vocalista, finge que entrevista outra vez, acaba o programa.
Porque é que, em vez de humor decadente e facilistista, em vez de baterias de novelas de 8 horas seguidas, de telejornais sensacionalistas e de pseudo-famosos a tentar ordenhar uma vaca, porque é que em vez disto tudo as televisões não põem a mão na consciência e a tiram da carteira e começam a passar alguma coisa com um mínimo de qualidade?
Não é complicado...já têem os programas comprados, só falta mesmo pô-los no ar.
Desculpem se o tom é mais desesperado que humorístico mas há coisas que me deixam algo estupefacto.

Ministra anuncia que as novas listas de colocação de professores vão ser feitas à mão

Se nem no ministério da educação sabem mexer num computador... como é que esperam que este país entre no futuro (de há 10 anos)?
Só uma pequena ideia para reflectir...

Médicis dos telemóveis

Hoje vi-me confrontado com um fenómeno bastante interessante. Estava eu no meu domicílio, fazendo aquilo que qualquer estudante aplicado faria antes das aulas – nada, quando o telemóvel vibra e apita, assinalando a recepção de uma mensagem. Indagando-me sobre quem poderia ser, dado que se aproximava do meio dia, que normalmente ainda não são horas de o pessoal estar acordado, abri a mensagem. Aqui surge a surpresa: “Carregamento de 5.00 €. Bónus: 0.00 €”. Aparvalhado ainda pensei na possibilidade de ter sido algum dos meus pais, hipótese que rapidamente descartei depois de conferência telefónica. Conclusão: Só podia ter sido uma qualquer alma caridosa que, achando que eu não dispunha do saldo próprio de uma pessoa com o meu estatuto, se encarregou de depositar os 5 euros. No entanto, o dito benfeitor não deve ter gostado de não receber notícias minhas, pelo que logo me deu um toque. Reparei na minha falta de cortesia para com o emitente do generoso acto e desde logo lhe enviei uma mensagem de agradecimento pela oferta, mandando cumprimentos e esperando por mais.
Aí está meus amigos, um descendente da família Médicis que em vez da arte e cultura decidiu promover o sector das telecomunicações, tão em voga nestes dias. Ainda não sei o nome do indivíduo, mas quem quer que seja e onde quer que esteja, um bem haja.

segunda-feira, setembro 20, 2004

Céu Ou Inferno Eis A Questão

Um dia destes pus-me a pensar, o que será mais proveitoso: após rápida passagem no purgatório ser enviado para o céu ou para o inferno ?? Após curta reflexão apostei claramente na segunda alternativa devido ás conclusões simples que irei expor.
Quando um individuo depois de 20 anos a estudar, 45 a trabalhar e 10 a precisar de ajuda para ir à casa de banho morre, espera da sua vida pós-mortem folia noite e dia. Tal situação só se pode proporcionar nesse local quente que é os confins do inferno, ora vejamos: senhoras como Jenna Jameson, Pamela Andersson, Paris Hilton e outras tantas, têm visto de ida sem volta lá pra baixo e sem dúvida detêm atributos mais simpáticos ao defunto que uma Madre Teresa ou um João Paulo II. Pelo menos eu, espero da eternidade algo que se parece com uma orgia desmesurada e não com uma missa lida a três tempos pelo velho cheio de Parkinson.
Além disso, pensem nos bonitos jogos de paintball que se poderiam fazer com Adolf Hitler em vez das palestras maçadoras que um Martin Luther King nos daria.
Caros bloguistas, se dormirem sobre o assunto claramente chegarão à mesma conclusão que eu, e para tal se poder proporcionar têm de levar uma vida boémia cheia de maldade, de forma a terem uma eternidade cheia de felicidade (até rima).

sábado, setembro 18, 2004

Aí Está Ele...

.

quinta-feira, setembro 16, 2004

Efemérides...

Pois é...isto da blogosfera não é (só) trabalho e às vezes há que parar para comemorar.
Comemora-se as 6000 visitas do blog que, graças a todos os leitores aumentam diariamente e aproveito esta interrupção para dar os parabéns ao Fragata (como ele gosta de se chamar agora) pelo seu aniversário.
Com isto dito...até ao próximo post

quarta-feira, setembro 15, 2004

Telemóveis no cinema

É verdade, hoje debruço-me sobre esse flagelo que são os toques de telemóvel no cinema. Eu não critico que ninguém (nem mesmo eu) ignore o aviso para desligar o telemóvel no início do filme mas espero, isso sim, que o ponham no silêncio. Ontem decidi ir ver o Terminal (que aproveito para recomendar), a uma das salas do Colombo. Estamos nós a meio do filme, toca o telemóvel, ainda para mais com uma melodia que, se a memória não me engana, era um sucesso musical de Dino Meira. A senhora em questão (não é machismo, é realidade), primeiro optou por ignorar os dois primeiros toques. Depois, quando começou a sentir o ódio visceral que emanava de todas as pessoas na sala, enfiou todo o seu braço dentro da mala e começou a remexer. Três toques passados, pegou no telemóvel e, com toda a calma de quem aparenta estar numa esplanada, pôs-se a mirar o visor do bixo, tarefa que levou mais 2 toques. Por fim atendeu e toda a sala suspirou de alívio. Eu, que estava quase imediatamente à frente da senhora, pensei para comigo que ouviria um "Tou no cinema...depois ligo-te". Erro crasso. A madame atende com um cordial"olá...então, tudo bem?"...continuando a conversa com o que presumo ser uma amiga durante uns bons 10 minutos. Eu que sou uma pessoa algo rancorosa e vingativa, deixei-me estar até ao final do filme. No momento de me levantar, acidentalmente, o meu balde de pipocas Jumbo, ainda meio cheio, tombou para trás, caindo em cheio dentro do saco da mulher a quem eu, hipocritamente pedi desculpa e segui a minha vida, mais contente comigo mesmo porque, para além de me vingar, poupei-me de ingerir as 3000 calorias que ainda lá estava em pipocas.
Eu sei que isto não foi uma atitude bonita, mas há alturas em que o diálogo não resolve nada.

Figurine Humaine

Não venho hoje aqui discorrer em tom irónico, chalaceiro ou crítico sobre qualquer temática, circunstância ou novidade ridícula (e em situação normal merecedora de apontamento) como vem sendo hábito. Apesar da abordagem cómica das coisas ser adequada à realidade destas na larga maioria das vezes, impõe-se por vezes um tom sério (q.b. Naturalmente não pretendo que o leitor(a) olhe para isto com ar severo ou carrancudo. Aí estaríamos ambos a ser idiotas: eu porque sugeria tal coisa, o leitor(a) porque acatava tal sugestão). Alguma seriedade para contrabalançar a abundante comicidade, assim mantendo o equilíbrio. Entregue a nota introdutória, passêmos ao “sumo” propriamente dito.
Ao ler o “Admirável Mundo Novo”, de Aldous Huxley, apercebi-me de um fenómeno que me levou à instrospecção cujos resultados aqui exponho. O autor concebe uma civilização avançada e desenvolvida em inúmeros aspectos, contudo sem qualquer sentimento. E o ponto que mais me tocou foi exactamente a ausência de Amor. Como penso que já demonstrei, não sou de lamechices exageradas, portanto não confundamos Amar com “mandar uma trancada”. Cada coisa no seu lugar. No entanto, o que mais me chocou foi aperceber-me da rapidez com que caminhamos para uma tal civilização. Hoje em dia, o pessoal f*de como quem toma banho. Sem sentimento. Por diversão. Só. Não nego que possa acontecer uma vez ou outra, mas vejo que a situação está a virar sistema. Chamem-me careta, antiquado ou o c*r*lho que vos f*da, mas eu sou a favor do romantismo. No entanto, tenho vindo a dar-me mal com tal característica. Talvez porque cada vez menos o sexo oposto a aprecia e retribui. Porque há cada vez menos Amor.
“O remorso crónico é um sentimento bastante indesejável. Se considerais ter agido mal, arrependei-vos, corrigi os vossos erros na medida do possível e tentai conduzir-vos melhor da próxima vez. E não vos entregueis, sob pretexto nenhum, à meditação melancólica das vossas faltas. Rebolar no lodo não é, com certeza a melhor maneira de alguém se lavar.”
Talvez esteja a escrever por remorso de um qualquer erro amoroso. Talvez. Talvez esteja meditando o porquê do incessar de uma busca amorosa. Talvez. Talvez o que escrevi acima não faça qualquer sentido para nenhum de vocês e não passe de uma fase estúpida de introspecção da minha parte. Talvez. O mundo, a vida, o Amor estão cheios de talvez... fica o aviso...aprendam com o meu acidente...

I wanna live
I wanna leave
I wanna open up and breathe
I wanna go
I wanna be
I wanna feel it constantly
Gotta show
Gotta stay
I’ve gotta feeling that won’t go away
I’ve gotta know
If they got away
My opportunities
Just one, chance is all I ever wanted
Just one, time I’d like to win the game
From now on, I’d take the chance if I can have it
Just one, Just one.
And if I knew
When the door was open
I'd go through
I would go on through
And I can say
What I do never be the same
Never be the same...

terça-feira, setembro 14, 2004

Para(??) Olímpicos

Meus caros amigos, venho por este meio denunciar uma das maiores injustiças e ao mesmo tempo um dos maiores malabarismos realizados pelo povo tuga nos últimos tempos - a quantidade de medalhas ganhas nas para-olimpíadas.
Sempre me suscitou grandes dúvidas a razão pela qual eramos os reis e senhores nas olimpíadas para pessoas com deficiências fisicas, mas noutro dia, constatei a razão para o sucedido - os atletas portugueses simplesmentes não são deficientes. Eu juro aqui solenemente que vislumbrei no aeroporto da Portela aquando da partida para Atenas, um sujeito cujo seu único mal era não ter a ponta de um dedo, isto parece-me incorrecto uma vez em que ía participar num lançamento do dardo contra simpáticos atletas estrangeiros sem braços. Mas como este provavelmente haveria mais. Arrisco mesmo dizer que é uma forte possibilidade termos na nossa comitiva olímpica míopes que eram competir com cegos, mancos a competir com veteranos do Vietname sem duas pernas ou mesmo surdos mudos em provas de atletismo para jovens com deficiências profundas.
Eu sei que o tuga é por natureza opurtuna, mas apelo aqui a um pouco de justiça olímpica e espero que o comité internacional tome as devidas medidas, temos de nos contentar com as nossas habituais duas medalhas que obtemos nos jogos normais.

segunda-feira, setembro 13, 2004

Todos Juntos !!

Em vez de um simples relato, este vai ser um post com uma vertente mais informativa. Para todos aquelas que tenham perdido as ultimas mil quinhentas e vinte cinco reportagens que passaram em canal aberto acerca do concerto de Madonna no pavilhão Atlântico, informo que vai haver a maior concentração homo-sexual de todo o sempre dentro daquelas quatro paredes à beira Tejo. Impressionante a forma como todos os homens (????) que surgiram como fãs da pop-star faziam o José Castelo Branco parecer um garanhão de primeira água, eram de tal maneira virados que arrisco dizer que o concerto de hoje vai ser a maior concentração de mulheres de todo o sempre. Chamem o Guiness e se vivem nas redondezas mantenham as portas bem trancadas.

domingo, setembro 12, 2004

José Castelo Branco

Embora não tenha feito nada de especial ultimamente, sinto-me obrigado a referir mais uma vez esta personagem que, sendo um dos meus ódios de estimação, estava há muito ausente do blog.
Soube recentemente, através do sempre credível programa Sic 10 Horas que JCB, ou Fluffy-Puffy, como era carinhosamente tratado pelos porteiros do seu prédio em Nova Iorque, é um descendente directo de D. Urraca que, sendo tia do primeiro rei deste nosso caninho que, por acaso, começou o seu reinado à batatada com a mãe, faz deste indíviduo um claro descendente da realeza portuguesa. Quem nos diz iso é um conceituado historiador (cujo nome me escapa) açoreano que aproveitou o programa matinal para lançar novas descobertas históricas que eu vejo como inovadoras e bombásticas como: "Era comum as famílias reais casarem entre si" ou "A família real inglesa era poderosa" ou até mesmo "Penso que em algum ponto da história um descendente da relaeza britânica se casou com um homólogo português". Ainda atarantdo com esta metamorfose de toda a minha base de conhecimentos históricos, ouvi atentamente o dito senhor enquanto ele explicou como George W. Bush era, também ele, descendente de D. Urraca, o que faria deste parente do Panuco.
Eu penso então que este ser se encontra na convergência de duas das mais poderosas famílias do momento, os Bush e a realeza inglesa, algo facilmente constatado pela tendência para o escândalo, desde o passado de transformismo durante o qual adoptou o nome de Tatiana Romanof, os problemas da alfândega sobre o transporte dissimulado de jóias ( que eu gosto sempre de pensr que este as trazia entre os seus glúteos esculpidos a bisturi).
É uma personagem que, de uma maneira ou outra, todas as semanas nos brinda de novas e divertidas maneiras de alegrar a vida, contribuindo para elevar a auto-estima da população que pensa "Eu posso ter 42 anos, 18 filhos, uma mulher que parece um armário, um fígado feito em cortiça, estar desempregado e andar a mendigar para pagar o alcoól...mas ao menos não faço essas figuras"...
Sabem como é...Às vezes sabe bem chingar que merece...

sábado, setembro 11, 2004

Teoria da Expansão Meridional

Esta teoria, de forma a desmistificar qualquer tipo de especulações que possam surgir do lado do leitor, não foi elaborada através de observações mas antes de testemunhos da experiência de cada um dos indivíduos com os quais comprovei a dita tese.
Esta teoria refere-se ao orgão genital masculino, o cavaleiro de capacete púrpureo, e à sua dimensão. A minha pesquisa veio revelar que, independentemente do tamanho, os ditos se dividem em duas categorias: os showers e os growers.
Como devem constatar pelo nome, os showers são aqueles cujo material tem a mesma dimensão em todas as situações, apenas "rising to the occasion", sendo a diferença de tamanho muito diminuta, entre o tamanho natural e em riste.
Já os growers, são pessoas cujo material tem um tamanho algo reduzido, portátil e maneirinho durante o quotidiano, sofrendo uma metamorfose quando é chamado ao dever, aumentado o seu tamanho exponencialmente quando sente o chamamento.
Cada um é como é, não sendo nenhuma das categorias melhor que a outra, e gostaria de avisar qualquer indivíduo que me tenha mirado às escondidas que eu me enquadro na segunda categoria e, como tal não necessito dos produtos de aumento do pénis ou de viagra de marca genérica que, tão insistentemente publicita na minha caixa de e-mail.
Notas pessoais à parte, resta agora falar do "encolhimento", fenómeno bem relatado num episódio do Seinfeld, que todos os homens devem conhecer, mas deve ser ainda desconhecido de algumas mulheres. É que a água fria tem efeitos prejudiciais no tamanho do periscópio, fazendo com que este se torne mais mirrado e enrugado por isso senhoras...não julgem prematuramente (tal nunca me aconteceu mas calculo que possa ter flagelado algum dos leitores)
A conversa genital acaba aqui e, se achaste este tema demasiado explícito ou X-rated... tá na hora de aprenderes algumas coisas.

Homens medem-se aos palmos

Lembrei-me noutro dia, de uma personagem minha conhecida, que apesar dos seus vinte anos de idade tem um pequeno problema capaz de o colocar na linha da frente para qualquer para-olímpiada - o seu 1,30 de altura. É vulgar e quase um chavão dizer-se que os homens não se medem aos palmos, mas este caso é de tal forma dramático que não pode ser metido no mesmo saco dos restantes, isto porque o pequeno anão (de nome fictício Sr. Neca de forma a proteger a sua identidade) apesar da sua ridícula estatura insiste em tentar propagar a violência quando se encontra bem bebido. Isto pode ser um problema para os que lhe são próximos, visto ser uma cobardia bater num rapaz com o qual se podia pegar por um pé, logo quem sofre são os amigos.
Várias vezes me intriguei sobre o porquê de não ter um crescimento normal. Quando era jovem pensava que tal maldade da genética lhe tinha acontecido por não comer sopa, mais tarde suspeitei que seria um mal de familia, até que hoje em dia sei que foi obra de Deus de forma a ser tema de um post na blogosfera. Para agravar a situação, o Sr. Neca faz questão de agudizar a sua situação visto que pensando ele que iria resolver a situação tomou como se não existisse um amanhã compridos de estimulação hormonal, resultando numa farta penugem em todo o corpo, similar ao Tony Ramos, mas num corpinho de metro e trinta fazendo lembrar um pequeno repolho.
Eu sei que o pequeno desgraçado não tem culpa, mas claramente um sujeito de tal forma invulgar tem de ser medido aos palmos, nem que seja para confirmar a sua incapacidade para andar em montanhas-russa. Conselho Simianesco - Comam a sopa.

terça-feira, setembro 07, 2004

Goa, Damão e Diu

Na minha passeata veraneante pelas terras das arábias deparei-me com mais um exemplo de que a cultura tuga além de milenar e vasta, é daquelas que tal como as hemorroides insiste em não desaparecer apesar de medicada. Quero com isto dizer que me cruzei com vários emigrantes provenientes dessas valiosas terras Indianas que tiveram o infurtúnio de ser dominadas pelo primitivo tuga.
A grande diferença entre os adoradores de vaca de Nova Deli para os seus homologos de Goa, é que enquanto o primeiro terá um nome do género Rashir Mahata, o segundo chamar-se-á muito provavelmente Rashir Gomes. Ora bem isto torna-se bastante invulgar e caricato, visto que as antigas colónias portuguesas estão povoadas de Silvas, Semedos e Silvestres de turbante na cabeça e pinta no meio da testa.
Futuramente não censurem intervenções militares por parte dos hindus em territorio nacional como retaliação face aos nossos saudosos navegadores não terem deixado a berguilha das suas cerolas fechadas.

Comentadores dos jogos olímpicos

1. Weightlifting commentator: "This is Gregoriava from Bulgaria. I saw her snatch this morning during her warm up and it was amazing."
2. Dressage commentator: "This is really a lovely horse and I speak from personal experience since I once mounted her mother."
3. Paul Hamm, Gymnast: "I owe a lot to my parents, especially my mother and father."
4. Boxing Analyst: "Sure there have been injuries, and even some deaths in boxing, but none of them really that serious."
5. Softball announcer: "If history repeats itself, I should think we can expect the same thing again."
6. Basketball analyst: "He dribbles a lot and the opposition doesn't like it. In fact you can see it all over their faces."
7. At the rowing medal ceremony: "Ah, isn't that nice, the wife of the IOC president is hugging the Cox of the British crew."
8. Soccer commentator: "Julian Dicks is everywhere. It's like they've got eleven Dicks on the field."
9. Tennis commentator: "One of the reasons Andy is playing so well is that, before the final round, his wife takes out his balls and kisses them... Oh my God, what have I just said?"

Não traduzi porque fica melhor assim e, honestamente, nao me apetece trabalhar.
Retirado de Blogotinha.

Filas...

Quando hoje me desloquei à universidade que frequento para mais uma maratona de inscrições e escolha de turmas e horários, veio-me à lembrança um fenómeno que presenceei durante as míticas inscrições no ensino superior há uns anos.
Era um típico dia de Agosto (ou Julho) e às 9 da matina já deviam estar uns amenos 25ºC, temperatura que, com o Sol a subir aumentou exponencialmente. À entrada da escola onde toda a Lisboa se ia inscrever, tinhamos alguns porteiros a entregar papelitos escritos à mão com os números de entrada, que seria a ordem pela qual as pessoas seriam atendidas. Vendo que as inscrições ainda não tinham aberto, mas o meu número era já o 357, decidi pegar nuns amigos e ir tomar o pequeno almoço longe da multidão.
Quando regressei deparei-me com um cenário que, sinceramente não compreendo: A pessoas todas haviam formado uma fila que, aos S's, atravessava todo o pátio que, sendo alcatroado, tinha a temperatura ideal para assar sardinhas. Centenas de pessoas em fila, com o tal papelito amarelo na mão, sem se mexerem, e a suar em bica. Olhei para alguns papéis e vi números como 853 e 1010 e pensei para comigo : "que anormais...". Obviamente eu e os meus comparsas abancámos à sombra da árvore mais próxima e lá esperámos, protegidos do sol, da nossa vez.
Quando vi que o número se aproximava, fui em direcção à porta e entrei, sem não antes ter sido alvo de olhares quase psicopatas e fulminantes.
Agora expliquem-me isto: Porque é que, embora a entrada seja determinada pelos números, o tuga quer sempre formar uma fila? Isto vê-se nas secções de charcuteria dos supermercados, nas repartições públicas e um pouco por todo lado.
Será que o tuga tem algum cromossoma que o predisponha a ser mártir ou será que a tradição católica tenta que todos sejamos uns "Cristos na cruz"? Será pela gabarolice? "Hoje cheguei lá ao balcão, ainda faltavam 120 pessoas à minha frente e tive 3 horas de pé na fila, sem comer nem ir à casa de banho"
Eu honestamente gostava de perceber a razão deste comportamento de massas, mas até esta surgir, não me retraio de me divertir à conta destas atitudes

domingo, setembro 05, 2004

Honestidade do Odor

Gostaria oje de partilhar convosco outro daqueles factos que me inquietam no dia-a-dia, o Odor Desonesto. Não falo do cheiro peculiar que povoa os autocarros às 2 da tarde, nem daquelas pessoas que, ao cruzar-se connosco, nos deixam uma forte impressão de que acabaram agora o turno na ETAR. Isso é da falta de higiene e, embora deplorável, é consistente.
Refiro-me áquelas pessoas que, vergonhosas do seu odor mas não o suficiente para tomar banho, escolhem tentar tapar o sovaquame e o bedum com doses massissas de desodorizantes em spray, o que origina uma nova estirpe de fedor que, ao invés de ser algo natural, ganha agora um carácter quase híbrido, geneticamente alterado, que resulta numa nuvem invísivel mas espessa de um cheiro que está longe de ser agradável.
Temos também a variante no WC, onde quando certos e determinados indivíduos decidem "pintar a cerâmica", pensam que, naquele cubículo de meditação há oxigénio a mais, pelo que decidem adicionar ao odor com que eles nos brindam, doses abissais de latas de sprays ambientadores. Eles não percebem é que, para além de não enganarem ninguém, não facilitam em nada o papel do utilizador seguinte, já que a concentração de aerossol é tão elevada naqueles 5 metros quadrados que o ser humano necessitaria de criar guelras para conseguir extrair oxigénio da lavanda.
Apelo a todo o Tuga Olfacto-Desonesto para ter olhos na cara e pelos na narina e perceber que bombear com Axe não substitui um banho ou que pulverizar com Ambipur não substitui uma alimentação saudável.
Lamento trazer assuntos tão escatológicos para este tão sério palco, mas alguém tinha de dizer qualquer coisa.