sábado, janeiro 31, 2004

Alguém perdeu o contacto com a realidade...

Todos nós já ouvimos falar dos mega processos contra a indústria tabaqueira, com indemnizações de milhões de dólares, mas hoje trago-vos a história da luta épica de Tim Dumouchel (Americano como é óbvio) contra outra indústria responsável por um produto ainda mais produtivo, a televisiva. No passado mês Tim apresentou um processo contra uma empresa de televisão por cabo, pedindo 5.000 dólares ou três computadores, na medida em que a televisão estragou a sua vida. De acordo com ele, a adição de 4 anos à caixinha mágica fez dele um fumador compulsivo e alcoólico e tornou a sua mulher obesa. O problema de Tim é que, segundo ele, apresentou um pedido para que o serviço de TV por cabo fosse cortado à 4 anos, o que nunca aconteceu, fomentando assim a sua adição.
O Site do Simeão, sempre apoiando as causa nobres e vingando as injustiças neste mundo lança agora um peditório no ciber-espaço para ajudar Tim, não pagando a advogados nem comprando espaço de antena televisiva para lançar a causa, mas para pagar uma Lobotomia pré-frontal a este já que parece ser este o único rumo a tomar neste caso. Por favor, contribuam.

sexta-feira, janeiro 30, 2004

Emigrantes paqusitaneses

Durante a minha recente actvidade de agente infiltrado da PJ numa missão de investigação e captura de uma rede de apoio a Saddam oculta no obscuro mundo dos treinadores de futebol em Portugal ( Sim...basta contar os bigodes), surgiu-me uma dúvida sobre este povo que nos parece estar a invadir em elevado número. Eu não tenho qualuer problema com estrangeiros e não tenho nada contra a participação produtiva destes na nossa sociedade (já que nós não o fazemos)mas apenas tenho um problema...Porquê o cheiro a caril ?! A sério, já experimentaram passar à frente de uma loja indiana ou paquistanesa ? O cheiro é sempre o mesmo...seja a loja um restaurante (compreende-se), uma mercearia (vá lá) ou uma loja dos 300 (??).
Esta é uma característica peculiar destes povos já que não cheira a chop suey em cada loja de bugigangas chinesas, a soufflé no carrefour ou a manfanbada no Rossio ( a nova delegação multinacional africana em Lisboa).

quinta-feira, janeiro 29, 2004

Linguagem policial

A polícia é uma instituição admirável. De forma a manter a sua reputada eficiência, esta organização presta-se a esforços ímpares, de entre os quais se destaca a criação de um novo dialecto.
Assentando na utilização dos vocábulos mais técnicos e singulares possíveis, este dialecto tem sido, desde há longos anos instruído aos agentes da autoridade, sendo a sua face mais visível as divisões de trânsito que são já conhecidas pelo domínio linguístico desta ferramenta de relações públicas.
Este idioma já entrou no nosso imaginário através de clássicos como " O veículo está mal aparqueado pelo que terá de ser autuado " ou mesmo a mais recente " A sanção para o estacionamento abusivo praticado por este veículo será a colocação de um dispositivo imobilizador das rodas motoras ".
Expresso assim o meu agrado e contentamento por saber que a minha segurança está nas mãos de indivíduos tão eruditos e actualizados.

domingo, janeiro 25, 2004

Filmes Americanos

Correndo o risco de repetir alguns mails que insistentemente percorrem a internet, queria hoje falar sobre algumas coisas a ter em conta quando se assiste a filmes americanos, especialmente àqueles destinasdos a render mais de 50 milhões de dólares nas bilheteiras. Nos filmes de acção, a partir do momento em que o herói fica sem camisa ou camisola, torna~se praticamente indestrutível, sofrendo apenas arranhões quando atravessa por janelas ou portas a arder. Por outro lado, as únicas peças de roupa que se danifica são as camisolas e, por vezes os sapatos, já que ainda está para chegar o dia em que veremos Rambo a matar um pelotão do exército russo em roupa interior. Podemos também ver que todos os heróis são ambidestros e exímios atiradores, já que, com o braço direito partido e 8 balas na pistola matam sempre um bando de criminosos armados com metralhadoras, bazookas, veículos blindados ou mesmo helicópteros, para além de, mesmo aqueles que começam como "ratos de laboratório" involuntariamente arrastados numa missão aparentemente suicida com um grupo de forças especiais serem sempre os únicos sobreviventes e terem um profundo conhecimento de armas e explosivos nacionais e estrangeiros, para além de estarem sempre no pico da sua forma física. Por outro lado temos que entes de morrer ou matar o vilão, o herói possui sempre um comentário sarcástico ou de destaque, mesmo que nessa altura esteja a esvair-se em sangue. As armas por outro lado também são especiais, já que não possuem qualquer recuo depois do disparo, como é visível com Clint Eastwood e o seu Dirty Harry a disparar a Magnun .44 ("o revóver mais poderoso do mundo") sem sequer tremer. Os actores secundários cujo papel é ser carne para canhão, encontram-se a morrer e sobrevivem apenas até conseguirem contar ao personagem principal os seus segredos e pistas para descobrir o assassino, nunca dizendo nada que lhes pudesse significar algo pessoalmente.
Temos também o facto de não haver nenhum problema em fumar em hospitais ou qualquer outro lugar; o facto de que o herói e a donzela em apuros estarem sempre dois metros à frente do limite da explosão de um edifício, de ser necessário apenas um murro na face para deixar um inimigo inconsciente, excepto o arqui-rival que começa sempre a ganhar mas subitamente perde ritmo.
Os vilões têem também as suas características: nunca matam o herói de forma simples, deixando-o sempre viver o tempo necessário para organizar a fuga, revelam sempre os seus planos de forma a que, escapando seja fácil ao herói terminar rapidamente com a ameaça. As bombas têem sempre cronómetros digitais bem legíveis para todos saberem quanto falta para rebentar para além de terem sempre os fios de côr diferente para não confundir ninguém
Outros são os filmes mais ligeiros, com a sempre presente cena de sexo suave, em que a actriz revela o contorno dos seus seios e o actor as suas nádegas, em que os lençóis parecem tapar sempre a acção principal, ou as cenas nos chuveiros, passadas sempre em polibans (nenhum glã tem uma banheira em casa) com portas de material opaco, nunca cortinas. Por outro lado, depois de terminado o acto, os lençóis (brancos para o caso do herói ser polícia ou detective e negros para heróis da alta sociedade) ganharem subitamente a forma de um L, cobrindo a actriz até ao pescoço e o actor até à cintura.
Os elementos são inúmeros mas, por muitos que sejam, mexem com qualquer coisa dentro do Homem fazendo tudo isto ter sentido e arrastando milhares para as salas de cinema.
Isto objectivamente é lodo cinematográfico...mas eu gosto.

quinta-feira, janeiro 22, 2004

Cartões das Gasolineiras

Ora aqui está um assunto que me pôs a pensar enquanto viajava rumo ao horizonte pelas autoestradas nacionais e, graças à nossa extrema dimensão, o atingia em duas horas e pouco. Se virmos bem, os cartões de pontos de pouco servem, senão imaginemos: Vamos muito bem na estrada quando, de repente, o bólide que pilotamos pára abruptamente. Em pânico olhamos em redor e, ao passar os olhos pelo tablier, reparamos que aquele ponteiro ao canto está no E. Folheando sofregamente o manual de 784 páginas do dito veículo percebemos que o depósito de combustível está vazio e, no caso daqueles cujo QI ombreia com o de uma melancia madura, tentamos traduzir esta informação com um telefonema para o pai, do qual tiramos uma aterradora conclusão: acabou-se a gasosa.
Agarrando no bidon que todos transportamos na bagageira, marchamos sobre o alcatrão que, convenientemente se está a derreter nas nossas solas, devido à amena temperatura de 45º à sombra. Cinco horas e Trinta e cinco quilómetros mais tarde e seriamente desidratados ( O detergente para o pára-brisas NÃO se bebe ), alcançamos uma bomba de gasolina, convenientemente aquela onde costumamos encher o depósito e da qual temos o cartão de pontos.
Imaginemos agora que, ao meter a mão ao bolso percebemos que este está furado, sem sinais da carteira onde todo o dinheiro habitava. Convenientemente trouxemos o cartão de pontos no bolso da camisa, depois de o tirarmos daquele compartimento inútil que todos os carros parecem possuir.
Mas, ao conversarmos com o sábio gasolineiro que não se lava desde o último 29 de Fevereiro, assola-nos um choque tremendo. Podemos então adquirir uma caneta, um porta-chaves, um leitor de cd´s para chuveiro, um organizador electrónico de gravatas e até a mítica escova de dentes eléctrica de marca suspeita cujas recargas são facílimas de encontrar caso sejamos habitantes de Suat-Mein, um pequena aldeia no sul da China onde a fábrica labora.
Então é assim, mesmo com 39867 pontos no cartão que equivalem a milhares de euros de gasolina, podemos escrever, guardar chaves, ouvir o último CD de Tony Carreira (sempre disponível nestes locais) e até organizar as nossas gravatas de nylon italianos, mas a p**a do carro não vai sair do mesmo sítio!!

quarta-feira, janeiro 21, 2004

Sapos

Para iniciar esta nova era de Simeanismo, lembrei-me de falar dos indivíduos que, nos últimos anos ganharam um lugar especial naquele cantinho do coração que todos os portugueses guardam para o ódio visceral. Estes senhores conseguiram destronar os criminosos públicos (aqueles que aparecem mais vezes na televisão que o papa) e até a grande revelação em termos de ranking de ódio da última década: o árbitro de futebol. Saberão concerteza quem são estes indivíduos...os inspectores da EMEL.
Estes seres atormentados percorrem as ruas de Lisboa, ofegando cobertos pelo seu belo manto verde e boné a condizer, nunca se afastando mais de 15 cms do seu cadernos de tiquês (termo técnico para multa). Deslocando-se habitualmente sozinhos, estes seres sentem um estranho orgulho em introduzir os ditos tiquês entre a escova limpa-pára-brisas e o pára-brisas sempre que o condutor da viatura aparqueada comete o terrível crime de não planear toda a sua rotina diária em função dos trocos na sua carteira. Obviamente psicologicamente perturbados, estas criaturas começaram a sentir algumas dificuldades quando a máfia dos condutores se começou a revoltar e a dar áqueles pequenos papelinhos a importância devida - nenhuma.
Eis que a EMEL retomou a ofensiva. Passou a deslocar brigadas de elite dos seus sapos em veículos ultra-modernos (carrinhas peugeot de 1979 com plástico preto a tapar os vidros) munidos de uma nova arma: O dispositivo bloqueador da rota motora.
Assim, sempre que um dos seus batedores observava o inimigo, pegava no seu walkie-talkie e fazia soar o alerta: "Aqui Antunes, queria reportar um veículo, de placa de matrícula Óscar-Tango-Cinco-Cinco-Seis-Zero, indevidamente parqueado sobre o passeio pedonal no Saldanha. Peço a Força Beta". Em segundos o bloqueador é colocado, enquanto os agentes se divertema fazer doceraçoes de Natal com fita amarela e preta e autocolantes no automóvel. Depois, talvez num acto de vingança desaparecem, sendo necessário telefonar para um número especial e esperar tempo suficiente para demolhar um bacalhau inteiro até que apareça o dito para reclamar o seu espólio: 30 euros de aluguer de equipamento (sim é mesmo isso que lhe chamam) e outros 30 por danos morais ao passeio.
Estes indivíduos estão lentamente a começar a controlar a cidade e, se não forem tomadas precauções podem mesmo chegar ao governo deste país, algo que nos mergulharia num inferno tiquês e parquímetros (que, já agora, estão sempre avariados quando realmente decidimos pagar).
O meu apelo é este: Sempre que virem um destes seres, com um boné verde, com um casaco também verde mas mais debotado e dois números abaixo do devido e umas calças tão justas ao corpo que parece que, caso ele liberte uma flatulência respeitável rebentam, abalroem-no pois, embora não pareça resultar, se todos os condutores abalroarem um sapo por dia, dentro de algumas semanas podemos estar finalmente livres desta praga.

Nuno Rogeiro

Gostava agora de falar de um dos meus outros ídolos...Nuno Rogeiro.
Eu desenvolvi uma teoria de acordo com a qual se pode explicar a incrível capacidade deste homem opinar como 1 especialista sobre todo e qualquer assunto.
Esta ideia surgiu-me durante uma viagem de táxi, na qual tive a oportunidade de escutar um fabuloso noticiário da renascença, precedido pela versão em canto gregoriano duma musica dos delfins, na qual se apresentava como comentador este mítico senhor da comunicação, daquii em diante conhecido por nuninho. O Nuninho conseguiu fazer a meu ver uma proeza, apenas aproximada, se bem que num plano infinitamente superior pelo Prof. Marcelo Rebelo de Sousa; analisou a situação interna do governo português, fez prognósticos baseados em "fontes seguras" sobre o avanço americano sobre o Iraque, ao mesmo tempo em que traçava o perfil psicológico de Saddam. Aconselhou depois uma exposição de artesanato na Beira interior, fez a critica a dois filmes, recomendou dois livros e ainda um restaurante.
Resta apenas 1 opção...Nuno Rogeiro e um cyborg.
E verdade...custa a acreditar mas e a verdade. Criado nos laboratórios da CIA, da qual já afirmou ter feito parte..Nuninho foi programado para corresponder ao ideal de robot multifacetado, com uma capacidade de armazenamento algo limitada, mas dotado de uma enorme capacidade criativo-inventiva que lhe permitiu sobreviver após o cancelamento dos fundos para o projecto do qual fazia parte.
Obrigado a abandonar a América natal, nuninho encontrou em Portugal refugio, um sitio onde as suas balelas pegavam e, mais ainda, lhe davam prestigio. Permaneceu por cá, assim, recorrendo à ocasional aparição televisiva para mostrar o seu característico e imutável estilo capilar e os seus dotes de estratega, como foi exemplo a sua brilhante analise do conflito iraquiano utilizando bonecos e brinquedos num dos telejornais de maior audiência da televisão.
Continua assim nuninho que vais lá !