sábado, maio 29, 2004

Ele não morde...

Quando, numa destas tardes decidi sair à rua para andar (algo que desde que sou um cidadão automobilizado reneguei um pouco para segundo plano), cruzei com aquilo que aparentava ser uma mutação genética de um rottweiler que trazia atrelado um indivíduo escanzelado e com um ar desgraçado.
Ora, como é óbvio, já tinha observado esta parelha à distância mas, confiando numa personalidade tranquila do cão,s egui em frente, deixando, no entanto cerca de 2 metros de distância deste. O animal, talvez cheirando o meu odor típico de uma tarde de Verão, especialmente depois de uma viagem de metro, saltou na minha direcção, ladrando e salivando, arrastando o dono um bom metro antes de parar.
O dono, ao ver-me ligeiramente mais pálido com o medo de perder um bocado da coxa, proferiu as míticas palavras "não se preocupe que ele não morde".
Chegando a casa, comecei a pensar e apercebi-me que nunca, mas nunca ouvi um dono de cão dizer algo diferente.
Podemos cruzar-nos na rua com belzebu que passeia cérbero, o seu cão de 3 cabeças que guarda os infernos, tendo este vários braços dilacerados na boca, um pedaço de intestino a arrastar no chão e olhosnegros de fúria que a resposta é invariavelmente a mesma.
É normal que o cão não morda o dono, agora acho um pouco estranho que cães que são forçados a usar açaime e foram cruzados especificamente para os alemães soltarem em trincheiras inimigas sejam "meiguinhos".
Outra frase gira que os passeadores destas verdadeiras bestas de carne domesticada usam é que "ele só quer brincar", geralmente proferida quando este vai no salto em direcção a nós, numa tentativa de abocanhar um qualquer "pendente corporal".
Eu penso que, ao se possuir um cão, as pessoas ficam com um impedimento visual semelhante ao das mães que têem bebés que, sejamos honestos, aparentam elevadas semelhaças com os símios do Zoo mas que, para elas são as coisas mai'lindas do mundo. Aos donos de cães passa-se algo de parecido, já que estes se tornam verdadeiros ursinhos carinhosos (com dentes maiores que a faca de John Rambo).
Se são donos de cães destes, sejam honestos. Passem na rua e digam "este já matou 5 crianças" ou "a mandíbula desta raça consegue partir ao meio uma bigorna". A honestidade acima de tudo.

terça-feira, maio 25, 2004

O amor está no ar...

Continuando a minha epopeia de visionamento de televisão absurda, parei no canal 27, a mítica MTV Portugal, que é basicamente igual à antiga, apenas com mais hip-hop e videoclips das Nonstop. Mas não é disto que eu vos proponho falar hoje, mas de um programa que, realmente me deu outra prespectiva sobre amor, relacionamentos e amizade, à meneira americana - MTV's Dismissed.
Passado geralmente naquele bastião da juventude culta americana que é a Califórnia, este programa consiste num par de rapazae ou raparigas que lutam para conquistar um indivíduo do sexo oposto (já não deve faltar mutio para a versão homossexual). Ora, eu não sou propriamente um Don Juan com as senhoras mas penso que, com estes programas estou a aprendeer coisas novas, como por exemplo uma rapariga que, estando a ser disputada por dois rapazes, passou metade do dia numa performance de malabarismos com pénis, sobrando para a noite uma coisa mais romântica, um bar aberto de cerveja e barbecue, com vista para um espectáculo de Monster Trucks. Mas, nesta situação (2 homens e 1 mulher) que o programa descamba logo no início, já que temos indivíduos que, na sua apresentação se introduzem como entrepeneurs o que, traduzindo, nos diz que estão a receber subsídio de desmprego ou trabalham num McDonald's sendo todo o seu salário estourado no ginásio.
Mas o apogeu deste programa atinge-se quando s papéis se invertem e passamos a ter 2 raparigas a disputar um homem, normalmente bastante "alternativo". A certas alturas, o homem pergunta coisas do género "qual foi a coisa mais atrevida que fizeste com um rapaz" ou "até onde vais num primeiro encontro". Aqui verifica-se a separação do trigo e do joio, com respostas como "já tive relações numa cama de hospital com três homens ao mesmo tempo" ou "eu gosot é de dar prazer aos homens, o mais cedo possível" a garantirem um apuramento directo com, do outro lado, respostas tipo "entreguei o meu corpo a Cristo", "quero ser virgem até ao casamento" ou, para mim a melhor "o máximo que te daria era um beijo na cara". Agora pensemos; será que estas raparigas foram para um programa onde o requisito para os elementos masculinos é ser capaz de trocar o pneu de um carro sem um macaco hidráulico, ser capaz de abrir uma garrafa de cerveja com os dois dentes incisivos e nunca, mas nunca, ter o QI acima de 30, à procura de um rapaz honesto e de boas intenções, para um relacionamento platónico e puritano? Não sei.
Depois, temos aquelas perguntas do género "o que gostas mais num homem?" que são, inevitavelmente seguidas por uma descrição exacta e elogiosa do indivíduo que a faz, do género "gosto de homens que não tenham os dedos todos" ou "acho que ter dois olhos é muito sobrevalorizado" ou até "gosto de homens que me façam lembrar os meus animais de estimação na minha quinta no Kentucky.
Isto sim, é amor de verdade, fulminante e à primeira vista (ou talvez apenas um modo de juntar homens com o cio e mulheres lascivas e fáceis (ou vice-versa), já que estas são demasiado tímidos para se conseguirem conhecer sem ter uma câmara e um holofote apontados à cara.

domingo, maio 23, 2004

Farturas, Churros e Feira do Livro

Por infurtúnio ou simples acaso, vi-me hoje obrigado a dar um salto à fenomenal feira do livro de Lisboa. Situada nesse local de conhecido renome e intimamente relacionado com o proxenetismo e com o sexo juvenil, o Parque Eduardo VII nunca se pareceu tanto com o santuário de Fátima como neste fatídico período aquando da feira do livro.
A minha ideia inicial era entrar rapidamente, dirigir-me ao local onde de certeza encontraria o Santo Graal esgotado em todas as livrarias lisboetas ... e por-me a andar dali pra fora. Impossível de executar este simples plano, vistos os 3 milhões de pessoas presentes. Seria um sinal de que o país estava interessado na leitura e no desenvolvimento cultural, puro erro de um ingeneu e desconhecedor estudante do povo "tuga". Esta multidão passeava pacatamente de mãos a abanar, provavelmente pensando que a cultura entra por osmose ... sendo de importante realçar um facto que não me passou despercebido apesar da velocidade a que corria tentando sair dali pra fora, a barraca com maior afluência não era a da texto editora nem da porto editora, muito menos seria a da oficina do livro ou da editorial presença ... era sim a barraquinha que vendia Farturas e Churros. Eu julgo que isto releva muito acerca da feira lisboeta e dos seus frequentadores. Um conselho: preocupem-se em primeiro ler os livros que são obrigatórios na escola, e só depois se aventurem a incursões por feiras de livros ... deixem-na só para quem realmente está interessado na leitura.

sábado, maio 22, 2004

Redecoração alternativa...

Agora que, por infortúnio académico começarei a passar mais tempo em casa, e sendo eu um grande fã de tudo o que seja basicamente lixo na televisão, estou cada vez mais interessado naquela enxente de programas de decoração que, um a um, invadem os canais da TV Cabo.
Falo daqueles programas em que pessoas, aparentemente na posse plena das suas capacidades mentais, abandonam a sua casa durante alguns dias, para esta ser redecorada por "profissionais" que, ou são mulheres ou panucos.
Temos então, estes decoradores a deslocar-se à loja mais próxima para comprar tintas, candeeiros e coisas totalmente inúteis que são, no entanto, muito baratas e, nas suas mãos se tornam em "peças de design".
Gosto especialmente da parte em que os donos da casa dizem "Nós queremos o quarto um pouco mais amplo, moderno e fresco", afirmação que, de acordo com o decorador quer dizer "quero uma divisão retirada de um filme experimental italiano sobre sexo sado-masoquista. Eles também gostam de, ou construir ou alterar totalmente a mobília, com ideias do género "estas cadeiras em pau-de-santo do séc XIV até não são feias, mas precisam de algo mais", ao que se segue uma serra eléctica para cortar as costas, uma lixa para torar a cor e 2 metros de tecido e um agrafador parar completar o estofo.
Temos também o trolha, que basicamente faz, sem planos, um roupeiro, uma cama de dossel, uma chaise-longe e até um alpendre em nunca mais de 3 horas.
Depois temos aquelas cenas constrangedoras, com as pessoas a chegarem às suas casas e abrirem os olhos. Temos aí a apresentadora a perguntar o que eles acham e estes a responder, com os olhos em lágrimas, num misto de tristeza e cegueira temporária devido às cores da parede, dizendo que "até não está feio, gosto do promenor da maçaneta da porta e até não me importo que tenham transformado a minha sala numa fábrica de siderugia, ou que tenham cortado o enxoval da minha bisavó aos quadrados para fazer cortinados".`
É nestas alturas que as pessoas pensam se não teria sido melhor pagar a alguém para lhes decorarem a casa, em vez de terem querido a borla. Gosto disto...

quinta-feira, maio 20, 2004

Verde e vermelha, ou vermelha e verde? Eis a questão.

Surpreende-me como em vésperas do Euro 2004 (também do Rock in Rio, note-se) acontecem coisas como aquelas que foram noticiadas na SIC este fim de semana. Mais, é de ficar quedo e mudo com o facto de AINDA ser possível coisas destas acontecerem. Seria de esperar que isto só sucedesse na Idade Média, altura em que os pobres camponeses não sabiam se eram de um país ou se outro já o havia conquistado ou se se havia aliado a qualquer outro ainda.
Pergunta-se naturalmente o leitor: Mas o que aconteceu afinal?
Pois antes de avançar seja o que for queria sugerir que se acomodasse na cadeira, cadeirão, sofá ou puff em que neste momento tem o leitor o seu real traseiro apoiado, já que as revelações que se seguem vão, indubitavelmente, ferir o orgulho e a honra de todos os indivíduos que tenham nacionalidade portuguesa.
Passemos então a factos.
Acontece que uma das muitas versões de t-shirts de apoio a Portugal para o Euro surgiu, por obra de algum palerma dum designer que idioticamente pensa que tudo se pode mudar, COM AS CORES DA BANDEIRA AO CONTRÁRIO! É nestes momentos que me passa pela cabeça a implementação da pena de morte por fuzilamento em Portugal. É que era só o que faltava! Trocar as cores da bandeira... que espécie de diarreia mental terá ocorrido ao burro de m*rda que fez esta brincadeira?!
Mais. Parece que a moda de alterar um dos símbolos do nosso país é contagiosa. Até as autoridades foram afectadas. Acontece que a bandeira hasteada no tribunal do trabalho tem, não as cores trocadas (imitar é feio... há que inovar em todos os aspectos..) mas com o ESCUDO AO CONTRÁRIO!
É o que dá não adoptar o esquema da grécia antiga..... debelar o problema à nascença..... atrasados mentais e demais mentecaptos eram logo estripados.... evitavam-se situação ridículas como estas....
Enfim, são tudo comtrariadades e hóbstáculos que surgem.....

O clip do momento

Achei que seria do interesse de todos os que nos lêem e que, aquando dos frequentes aborrecimentos com a programação da carrada de canais da tv cabo, ao fazerem o belo do zapping não passam pela MTV, saber que saíu o novo videoclip da menina do pop, Britney Spears.
Entenda-se esta sugestão como um acrescento a um dos meus posts anteriores...
Devo mesmo dizer que da primeira vez que vi este clip cheguei mesmo a ver um mamilo. UM MAMILO!! TÚRGIDO, MEUS AMIGOS!! Aposto que pouca gente tinha tido a oportunidade dourada de visualizar tal pormenor da beldade.... até sair este clip. Um must-see, definitivamente.

terça-feira, maio 18, 2004

.::. SPORTING 0 - BENFICA 1 .::.

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|"QUANDO O SLB MARCA, O WC ENTOPE E A M*RDA VERTE PARA O RELVADO...."|
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Recordar é viver.... eheh

segunda-feira, maio 17, 2004

MacGyver

Se houve série que sempre me intrigou foi o MacGyver. Desde a minha infância até à minha avançada juventude sempre achei deliciosos os pormenores presentes nesta série de aventura. Uma questão que para mim sempre foi de maior importância é a do porquê de em todos os episódios a personagem ser presa em autênticos armazéns pejados de equipamento potencialmente bélico.
Atentemos a este facto com a maior atenção possível. MacGyver em praticamente todos os episódios era preso, e sempre em: labotatórios químicos, garagens, cozinhas etc ....
Ora todos estes locais estavam sempre repletos de: facas, ácidos váriaveis, materiais inflamáveis, motores, munições etc ... Porque não prender o herói num talvez banal quarto com quatro paredes ??
Compreendo que seria dificil ao heroi fazer um reactor nuclear com o betume da parede, não podendo recorrer ao materiais sempre ao seu dispor, mas o homem conseguiu fazer foguetes com canas de açucar e odores de um pântano logo não deveria ser problema.
Mas o seu exemplo não ficou apenas pelas invenções preparadas na altura, MacGyver sempre nos presenteou com frases de elevado moral, nas quais sempre mencionava o seu avô - "When I was a kid, my grandfather used to say to me that a fella's life wasn't worth mentioning if he hadn't shared it with some folks along the way."
Em suma, apesar dos exageros evidentemente presentes, Richard Dean Anderson protagonizou uma das mais memoraveis personagens de sempre enchendo por completo o ideal de muitos jovens e contribuindo de forma nunca antes vista para o aumento da venda de canivetes suiços. Um bem haja

sexta-feira, maio 14, 2004

Por favor, aceita-me de volta...

"Querida Susana,

Eu sei que o conselheiro matrimonial disse que não deveria haver contacto entre nós, durante o nosso período 'de acalmia', mas eu não consigo aguentar mais. No dia em que me deixaste, eu jurei que nunca mais te dirigia a palavra. Mas isso era só o rapazinho magoado dentro de mim a falar.
Ainda assim, eu nunca quis ser o primeiro a avançar.Na minha fantasia, eras sempre tu que voltavas a rastejar para mim. Acho que o meu orgulho precisava disso. Mas agora vejo que o meu orgulho me custou uma série de coisas. Estou farto de fingir que não preciso de ti. E já não me importo de fazer má figura. Não me interessa qual de nós dará o primeiro passo, desde que um de nós o dê. Talvez seja altura de deixarmos os nossos corações falarem mais alto do que a nossa dor. E isto é o que o meu coração diz...
Não há ninguém como tu, Susana. Eu procuro-te nos olhos e seios de cada mulher que vejo, mas elas não são tu. Não chegam sequer aos teus pés.
Há duas semanas, encontrei uma mulher num bar do Bairro Alto e levei-a para casa comigo. Não digo isto para te magoar, mas apenas para ilustrar a profundidade do meu desespero. Ela era nova, talvez 19, com um daqueles corpos perfeitos que só a juventude e talvez uma infância passada em patinagem podem dar. Quer dizer, um corpo perfeito. Mamas que não dá para acreditar e um rabo tipo carapaça de tartaruga, redondo e rijo. O sonho de qualquer homem, não é? Mas enquanto estava sentado no sofá a ser chupado por esta jovem deslumbrante, eu pensei, vejam só aquilo que consideramos importante nas nossas vidas.
É tudo tão superficial. O que é que um corpo perfeito significa?Será que a torna melhor na cama? Bem, neste caso, sim. Mas estás a ver onde quero chegar? Será que isso a torna uma pessoa melhor? Será que ela tem um coração melhor do que a minha, moderadamente atraente, Susana? Duvido. E nunca tinha pensado nisso antes. Não sei, talvez esteja a amadurecer um pouco.
Mais tarde, depois de lhe ter despejado uns decilitros de iogurte de garganta, dei por mim a pensar, "porque é que me sinto tão esgotado e vazio?" Não era apenas a sua técnica perfeita e a sua fome de sexo e luxúria, mas algo diferente. Um sentimento de perda. Porque é que me sentia tão incompleto? E então apercebi-me. Não senti a mesma coisa porque tu não estavas lá, Susana, para ver. Percebes o que quero dizer? Nada significa nem tem o mesmo sentido sem ti.
Por amor de Deus, Susana, estou a enlouquecer sem ti. E tudo o que faço me lembra de ti. Lembras-te da Carolina, aquela mãe solteira que encontrámos no ginásio, no ano passado? Bem, ela passou cá em casa na semana passada, com um tacho de lasanha. Ela disse que imaginava que eu não devia andar a comer nada de jeito sem uma mulher por perto. Só mais tarde é que percebia o que ela queria dizer com aquilo, mas essa não é a verdadeira história. De qualquer maneira, bebemos uns copitos de vinho e passado um bocado estávamos a dar-lhe forte e feio no nosso velho quarto. E a devassa é um verdadeiro animal na cama. Ela deu-me tudo, sabes, assim como uma verdadeira mulher faz quando não está preocupada com o peso ou a sua carreira ou se os filhos nos vão ouvir ou não. E de repente ela viu aquele velho espelho giratório que está em cima da cómoda que era da tua avó. Então ela agarrou no espelho e colocou-o no chão, de maneira a que nos podíamos observar os dois. E é uma sensação espectacular, mas que me deixou triste também. Porque não consegui deixar de pensar, "Porque é que a Susana nunca pôs o espelho no chão? Temos esta cómoda há 14 anos, ou coisa que o valha, e nunca o usámos como brinquedo sexual."
No sábado, a tua irmã passou cá com a ordem do tribunal que me proíbe de me aproximar de ti. Quer dizer, a Paula ainda é uma miúda, mas tem uma cabeça muito porreira assente nos ombros e tem sido uma verdadeira amiga para mim durante estes tempos difíceis.Ela tem-me dado excelentes conselhos acerca de ti e acerca das mulheres em geral. Ela está realmente empenhada em que nós fiquemos juntos novamente, Susana. Está mesmo. Então, numa destas ocasiões, damos por nós a beber uns copos dentro de uma banheira de espuma e a falar de tempos mais felizes. Aqui está uma adolescente que tem o mesmo ADN que tu e eu só consigo pensar no quanto ela me faz lembrar do quanto ela se parece contigo quando tu tinhas 18 anos. E isso quase me faz chorar. E afinal descubro que a Paula gosta mesmo de toda aquela cena anal, o que me faz lembrar do número imenso de vezes que te pressionei para experimentares e que isso talvez pudesse ter alimentado o azedume entre nós. Mas será que consegues ver que, mesmo quando estou a bombar dentro do anel castanho da tua irmã, tudo o que consigo fazer é pensar em ti? É verdade, Susana. E no fundo do teu coração, tu sabes disso.
Não achas que podíamos começar de novo? Acabar com as amarguras, com os ódios e começar tudo do zero? Eu acho que podemos. Se sentes o mesmo, por favor, por favor diz-me, caso contrário, podes-me dizer onde está o controlo remoto da televisão?

João"

E mais não digo... Que senhor...

quinta-feira, maio 13, 2004

Mas o qué qué isto ó meu?!

Quem julgava que na universidade se deixavam de ver aquelas criaturas peculiares e raras, os denominados Ratos, não podia estar mais equivocado.
Eu pertencia a este grupo ingénuo e desatento que não esperava mais encontros de terceiro grau com estes seres do submundo estudantil.
No entanto, foi na minha segunda incursão num teórica de Direito, autêntica selva intelectual, que me apercebi do meu erro. Na tentativa de ler o jornal com calma, dei por mim rodeado de sujeitos estranhos, de código civil, constituição, livros vários e caderno de apontamentos em mão, qual emboscada canibal a um herói que se atreveu a entrar no seu território, lançando-me olhares de indignação, que eu tomei como desaprovação dõ facto de eu me apresentar somente de jornal e caneta. Sem movimentos bruscos para não estorvar os animais no seu habitat natural, qual intrépido explorador do National Geographic, principiei o meu estudo da sua rotina e aparência.
Antes de mais nada, notei as particularidades da indumentária que apresentavam. Se eu estava de camisa de mangas puxadas, todos eles tinham t-shirt, polo, camisa e casaco (tanto machos como fêmeas), apresentando umas 5 golas coladas ao pescoço curto (característica da espécie). O estilo capilar também é muito sui generis. Ora tratando-se de “gente” que passa os dias com os olhos a 10 cm duma folha de papel, seria de esperar que apresentassem cabelo curto... Engano redondo. Cheguei ao extremo de avistar uma fêmea com a cabeça enfiada no caderno com uma trunfa que para além de tapar a folha (a pobre já tinha o cabelo todo pintado tais eram as dificuldades para escrever somente na folha) chegava aos calcanhares! Esta posição sobre as folhas também tem efeitos e nível vertebral. Não há qualquer espécime que não seja afectado por alarmantes cifoses. A minha estimativa é de que daqui a 20 anos, tenhamos uma legião de corcundas ratizados.
Por esta altura, abismado com a evolução desta espécie paralela, distanciada da sociedade corrente, fechada sobre si própria numa comunidade de corredor de biblioteca (para não falar do medo que me assaltava de que aquilo fosse contagioso) levantei-me e saí da aula, cogitando métodos eficazes de extermínio colectivo....

A herança do Champas

Faleceu há dias António Champallimaud, contando 86 ricas (na verdadeira acepção da palavra) primaveras. Por outras palavras, o 157º (de acordo com a Forbes) homem mais rico do mundo (indiscutivelmente aquele com mais “pilim” neste recanto europeu que é Portugal) deu o badagaio. Deixa este Tio Patinhas do Portugal moderno uma herança de uma importancia vital para a economia.
Perguntará o leitor: Mas oh Gildo, o que tem o cú a ver com as calças?
Elementar caros amigos. A questão encontra o seu busílis na legislação que estabelece os preceitos relativamente às heranças. Não queria decerto a família Champallimaud ficar de posse dos pertences do seu homem forte sem mais nem menos. Era só o que faltava. Logicamente, como defensor dos interesses dos cidadãos, o Estado, mais cedo ou mais tarde, irá apropriar-se de uma maquia substancial da herança do senhor. Ora tal resultará num fluxo de entrada nos cofres Estatais superior àquele que adveio do ouro de salazar nos tempos de guerra.
Saltêmos, portanto, de alegria, pois não teremos de nos preocupar com o incumprimento dos critérios de convergência da União. Qual défice qual quê! Este ano, a receita extraordinária proveniente do imposto sobre a herança Champallimaud permitir-nos-á decerto, apresentar não deéfice, mas sim superavit!
Roam-se os restantes membros da UE de inveja, já que a nossa Manuela não se cansa de esfregar as mãos.... e com razão....
Congratulê-mo-nos Portugueses pela felicidade do legislador que definiu as perticularidades da hereditariedade. Por muitos anos que hão-de vir, António Champallimaud será lembrado como o homem que suprimiu o défice, um herói Português.
Gritêmos Portugueses, a uma só voz, na derradeira hora da despedida:
OBRIGADO Champas!

quarta-feira, maio 12, 2004

13 de Maio

Mais uma vez se aproxima esta data, que ao que parece é de maior importância para o Tuga em geral. Este ano tudo aponta para uma assistência que vai das 300 000 ás 500 000 religiosas/os. A minha grande dúvida é: sendo o 13 de Maio a uma quinta feira o que é que este pessoal está a fazer em Fátima no meio do nada em vez estar presente no seu labor produtivo ?
Bem sei que a média de idades dos peregrinos se encontra entre os 85 e os 95 anos de idade, peregrinos estes que apesar de se encontrarem naquela parte da população que tem como maior hobby a presença em centros de saúde (ver crónica passada) arranjam força para fazer 300km de joelhos, correndo desta forma o risco de levar com um camião de carga ou com um automobilista embriagado em cima. Tudo isto por fé dizem eles. Fátima está para Portugal como aquela coisa com uma pedra no meio está para os Sauditas ....
Fanatismos ....

terça-feira, maio 11, 2004

Regresso ao passado

Enquanto tentava evitar os tijolos que eram violentamente arremessados contra mim pus-me a pensar .. "fantástico, ao fim de vários anos voltei a fazer uma caderneta que nostalgia" .. esta era de facto a razão pela qual terceiros me tentavam agredir, sociedade estranha esta que maltrata teenagers em fase terminal só pelo facto de comprarem carteirinhas de cromos.
Quem não se lembra de fazer enquanto jovem desconhecedor do mundo colecçoes de cromos do Pequeno Ponei, Ursinhos Carinhosos, Liga Portuguesa 93/94, Transformers e Tartarugas Ninja ? Pois bem, é perfeitamente aceitável querer regressar ao passado, inda por cima com um motivo tão forte como o campeonato da europa de futebol.
Jovens delinquentes atiradores de pedras não neguem á partida uma caderneta que não conhecem.

Jornalismo sério

Quando hoje, de manhãzinha, bebia a minha bica com cheirinho, peguei, como é habitual, no Correio da Manhã e, como habitual, descobri aquela notícia que me faz entender a verdadeira dimensão dete jornal.
A notícia pode ser vista aqui. A história principal, embora interessante, não se destaca da norma, com um simples homicídio de um homem por parte do amante da mulher e posterior armazenamento do corpo numa arca frigorífica durante dois anos. Nem o afacto da mulher alegar ter sido obrigada a ter relações sexuais com o amante e ser ameaçada caso contasse do homicídio e, neste momento estar a viver com outro homem, do qual já tem um filho, nem a particularidade desta situação se passar entre Jolda e Rio Cabrão, me deixam espantado. Para isso, temos que ir até ao fundo da página numa subcapítulo intitulado "Sexo morte e piaçabas". Dentro desta pequena compilação de fábulas para adormecer crianças, bem ao estilo dos irmãos Grimm, temos o conto de um sexagenário encontrado morto, ostentando "piaçabas enfiados nas fossas nasais". Eu gostaria agora de lançar uma dúvida: Penso que todos vocês já viram aquelas pequenas escovas ao lado das sanitas, destinadas a eliminar o rasto de certas substâncias que, às vezes parecem impermeáveis. Isso é o chamado piaçaba e, contrariamente ao que alguns de vocês pensam, se usa sobre a cerâmica, não sobre o dito cujo. Agora que esclareçemos isto, vejamos a dimensão de um piaçabas, neste caso piaçabas, e pensemos no tamanho que terão de ter as narinas dete senhor para, cada uma delas levar, pelo menos, um destes instrumentos. Depois de vermos isto, pensemos se este indivíduo não estará melhor assim, em vez de ter um par de donuts por cima da boca, o que se deveria tornar incómodo em viagens de mota, devido ao facto de os insectos para lá serem sugados, qual turbina de avião.
O Jornalismo de qualidade está entre nós. Temos de o encontrar e divulgar, o que podem fazer nos comments, atravé de links ou citações ou, em caso de artigos extensos, para o e-mail.

Campanhas...

Hoje, ao passear-me pela rua, comecei a observar os belos cartazes de propaganda política que brotam como cogumelos em qualquer palmo de passeio onde passem pelo menos 4 pessoas, e disse eu para os meus botões: "Somos mesmo desgraçados".
Onde está o lixo, o insulto pessoal, as acusações totalmente infundadas e descabidas? Será que não aprendemos nada com os nossos amigos americanos?
Começámos esta temporada com o mote futebolístico, com o PS a mandar cartões vermelhos, aos quais o PSD respondeu com cartões amarelos. O PP escolheu meter um indivíduo a olhar pelo retrovisor, enquanto que a CDU fez o que faz todos os anos: limpou o pó aos cartazes antigos e afixou-os, já que não se nota nada de remotamente diferente de anos anteriores. Por fim, temos o bloco de esquerda, aqueles rapazes que aí à uns anos pintavam estrelas vermelhas e ovelhas negras nos muros, que tinham o seu quê de cartoon mas que agora nos brinda com aquele cartaz com os líderes da coligação que vão perder (por acaso até gostava que um deles ganhasse, só mesmo para lhes empandeirar o esquema).
Eu quero ver sangue, ataques reles à mãezinha dos candidatos, documentos quase ilegíveis com 30 anos que destroem a credibilidade de várias pessoas. Eu sou tuga. Eu vejo TVI e leio o Correio da Manhã. Eu tenho direito a camapanhas eleitorais de mau gosto e altamente insultuosas. Quero Mais.

Mas qual é a ideia da selecção?

Há já algum tempo que tenho a sensação que a minha opinião acerca da performance da selecção portuguesa de futebol é sentimento generalizado.
A menos de um mês de um dos maiores eventos futebolísticos no continente europeu, o grupo português parece um bando de "dinossauros" que se encontram de ano a ano para uma peladinha enquanto gozam a reforma. Efectivamente, a selecção tem vindo a brindar-nos com exibições ao mais alto nível, deitando por terra qualquer ambição das selecções visitantes quanto à obtenção do troféu no Euro 2004.... ou não, ou não.
Acontece que as elevadas expectativas do povo português têm vindo a sair constantemente furadas. A chamada de um seleccionador de renome e reputação internacional (campeão do mundo, mesmo!...) parece não chegar para pôr na linha os calões que os jogadores portugueses, que revelaram o seu amor à camisola no Mundial da Coreia - "não jogamos se não tivermos direito a prémios monetários", são.
Mas não se vá somente pela minha palavra. Atente-se nos factos. Temos o exemplo do amigável com a Itália. Quem julgava que já não se marcavam golos de canto directo a este nível teve a prova do contrário neste jogo... da maneira mais ridícula possível. A Suécia foi outro adversário (à partida dificílimo e decerto uma das mais fortes equipas no Euro....) que permitiu à brigada do reumático tuga nova demonstração de talento e raça futebolística.
Sei que não estou sozinho quando afirmo que cada vez que passa o anúncio do BES (aquele que termina com um esplendoroso "temos equipa") ou da Galp ("Queremos Mais!") se está a criar um clima de expectativas elevadas relativamente aos nossos cromos da bola que, não se confirmando, decerto resultará no extermínio colectivo de uma selecção que tem vindo a explicar exibições de m*rda com uma "falta de sorte" crónica.
Termino com um apelo aos nossos "jogadores" (serão mesmo?):
Seriedade! Quando vestem essas camisolas não se representam, representam um país! Se não estão dispostos a suá-las, fechem o tacho e encostem à boxe porque, como diz a TMN, "há muitos que mereciam um lugar no Euro"... Sevandijas parasitóides....

segunda-feira, maio 10, 2004

Pormenores a mais !!!

Estava eu sentado num café (vulgo "tasco") quando uma comparsa de folia começou a contar uma história no minimo desinteressante que eu ao máximo tentei evitar ouvir. Contudo algo não me passou despercebido. Resumidamente a história era a cerca de um roubo que lhe tinha sido feito no autocarro sem ela perceber, isto tudo para explicar o porquê de ter um telemovel novo, mas a certa altura referiu um pormenor "interessante" .... "ah eu estava no autocarro e quando olhei para a mala .. reparei que me tinham roubado o telemovel, as pílulas e a carteira". Porquê a referência ás pílulas ?? totalmente escusado pareceu-me, embora admita que me despertou a atenção. Este tipo de detalhes fez-me lembrar o típico diálogo do dia-a-dia Jeremias - "Que vais fazer" Marlene - "Vou fazer chichi" .... porque não um simples "vou á casa de banho", a especificação tornou todo um momento profundamente desagrável e constrangedor. Também existe a vertente rídicula da questão normalmente presente em notícias televisivas "Boa noite senhores telespectadores .. em primeira mão podemos dizer que a viagem de Carlos Cruz da prisão até casa em Cascais demorou 24 minutos" ... será que é realmente do interesse do ouvinte saber que a rapariga além do telemóvel ficou privada das suas pílulas e por conseguinte duma bela noite de sexo ?... ou será do interesse do Jeremias imaginar a simpática Marlene a aliviar a bexiga ? ou mesmo do interesse do telespectador saber a duração da viagem pela A5 desse apresentador do 1,2,3 ?? Simplifiquemos os diálogos para o bem de todos.

quinta-feira, maio 06, 2004

Alturas...

Peço desculpa por ter uma altura regular. Peço desculpa por, em dias de chuva, insistir em colocar os meus olhos na direcção das varetas dos chapéus de chuva.
Agora que já me desculpei, passo a explicar. Está a chover; eu, que até nem sou uma pessoa muito alta, decido, estupidamente sair à rua; erro crasso. Mal dou o primeiro passo na calçada, apercebo-me do que fiz, ao avistar um horizonte de circulos coloridos, mexendo-se aleatoriamente, sempre a um ritmo lento. São as velhas com os seus chapéus de chuva.
Nestas situações sinto-me como uma truta no meio de uma competição de pesca, rodeado por pequenos e afiados pedaços de metal que tentam agarrar-me ou, pelo menos, deixar-me seriamente dilacerado. Qual será a dificuldade destas senhoras em comprar chapéus de chuva normais, em vez daquelas amostras de nylon que, com a mínima brisa se viram do avesso, gerando sempre uma situação divertida para ver, sentindo-me eu sempre saciado no meu espirito de vingança.
Queria lançar aqui um apeloa nível nacional para angariações de fundos para trocar essas coisas por chapéus de chuva decentes, com mais de 10 cms de cabo que, no caso da velhotas mais debilitadas, serve também de bengala de apoio, para além de evitar situações complicadas com as outras pessoas, que têm quase de ter formação de contorcionista para conseguir desviar-se de tanta farpa.
Assim, quando virem uma velhota com um destes e, sabendo o quanto as velhas detestam trocar coisas, peguem delicadamente no chapéu dela e, na sua frente, pulverizem-no com as vossas próprias mãos e incitem-nas a deslocar-se ao retalhista chinês mais próximo para comprar um decente.

quarta-feira, maio 05, 2004

A gente até tem um site...

Há coisas que não cabem num blog, por isso o Simeão também tem um site, onde há muitas coisas, algumas sem interesse, mas que vale a pena visitar...


Este é apenas um aperitivo, por isso visitem o site.
HTTP://SIMEAO.PT.VU

A tecnologia avança...

Quando hoje abri a minha caixa de e-mail (emeile), deparei-me com o habitual cortejo de Spam, aquelas dezenas de mensagens de pessoas estrangeiras que, simpaticamente, nos informam de promoções interessantes no ramo da medicina, viagens, informática, etc...
Mas, no meio de tanta informação útil, denotei uma tendência quanto a comprimido ou poções para aumentar a viril locomotiva do amor, chamemos-lhe assim.
Agora, eu não sei quem é que os informou que eu sofria deste problema, mas agradeço-lhe, pelo que decidi ler alguns destes mails.
Reparei que, em mutios deles, se declarava que se baseavam em receitas milenares orientais, o que é bom de dizer nos frascos de medicamentos falsos, não fosse o facto de os orientais não serem particularmente dotados no hemisfério Sul (eu sei porque aluguei uns filmes e vi isso...).
Agora é assim: se os orientais tomam isso há séculos e se encontram nesse estado, qual seria a consequência da introdução destes medicamentos na dieta de, digamos, Burkina-Faso? Teríamos um aumento claro do reumatismo e problemas de coluna, para além de uma pegada extra no rasto de muitos homens dessa bela terra.
Eu já tentei responder a esses senhores (curiosamente são todos médicos) que não preciso de ajuda medicinal nesse departamento, mas eles não parecem acreditar em mim porque continuam com a publicidade.
Conselho de amigo: Eu não compro óculos a um cego e desconfio de barbeiros carecas por isso, certamente não irei comprar tais medicamentos oriundos de povos que sofrem desse estigma.

Filosofia de rodapé

Quando, em 1992, Neil Papworth enviou o primeiro SMS da história (aprendam que eu não duro para sempre) abriu, inconscientemente uma caixa de pandora. Cedo estas fatídicas mensagens se alastraram, qual peste bubónica, pelas ondas telefónicas, sendo um curto espaço de tempo até alguém ter tido a brilhante ideia de os adaptar à televisão. Legiões de indivíduos podiam agora espalhar as suas ideias para milhões de outras pessoas, abandonando a mítica poesia latrinária (saudosos "Lá fora és um herói mas cá dentro borras-te todo" ou "Salazar sempre" ou até "Para um belo br*ch* liga ..."), passando-a para os ecrãs.
O apogeu deste movimento chegou com os canais musicais, ainda hoje constatáveis no Pato da MTV que é povoado por mensagens sempre começadas por "Amut Patux" ou "Es mm bueda fix Patux malukux", com os já tradicionais pedidos de músicas de Linkin Park, Evanescence ou Black Eyed Peas que, apenas com canais exclusivamente dedicados a estes poderiam passar mais...
Mas, para não variar, temos os poetas, aqueles que insistem em formular filosofias profundas, exprimindo-as em cerca de 160 caracteres, donde resulta uma inteira subcultura de pensadores, de seus nomes Márcio, Ruben ou Valter, que insistem em divulgar os seus pensamentos, nem que para isso paguem os belos 60 cêntimos por mensagem.
O Lestat, de Famalicão decidiu partilhar com todos aqueles que vêem o Sol Música que "a imortalidade e 1 boa ideia se nao pensarmos que vamos morrer sozinhos" o que eu acho bastante oportuno já que sendo imortais decerto morreremos. Já a Kuzuda, da Amora diz "Marco, perdoam pq eu n sei viver sem ti.amut tt. e ja agr passem o ultimo da brit" o que, analisando o fim da mensagem mostra o total desalento desta menina (espero eu).
Temos também aqueles que não gostando da música, não mudam de canal, despejando a sua fúria na imagem de um pato que não é mais que um servidor de mensagens, nos quais quero destacar a Morgana, de Albufeira que diz "Pato ex 1 MERDA!!! É mesmo estas músicas que kers ouvir??", o que tem a sua razão de ser, já que este pato pode estar na mira dos lobbys dos videoclips.
A sério...Não vale a pena gastarem o vosso dinheiro nisto...Façam como os outros que, querendo esbanjar o saldo do telemóvel, jogam naquele fabuloso jogo com camelos ou até no barco que larga bidons no SMS TV.
Voltem às portas dos WC's porque, enquanto estou em casa, tenho o poder de mudar o canal enquanto que, se necessitar de efectuar urgentes necessidades fisiológicas em locais públicos, gosto de ter alguma coisa para me entreter enquanto lá estou.

O que é isto?!

Na minha capacidade de "líder espiritual e moral" dos colaboradores deste blog, decidi ir ver, no outro dia, de onde vinham os enormes fluxos de visitantes deste oásis de sanidade cibernética.
Espantei-me, é verdade, ao saber que mais de metade das pessoas que visitam o blog o fazem por engano, vindo parar aqui através de motores de busca (Google, Yahoo, Sapo, etc...), com as mais estranhas pesquisas. Só para vocês, compilei algumas delas.
No topo do top, temos "kitmarket" o que, não sabendo bem como, se assume como o principal angariador de visitantes. "serginho" ou "sergio tavares" ou "o paneleiro do sergio" vêem subindo no ranking, bem como "helder o rei do kuduro" e "musica kuduro vai chamar a tua mãe".
Fora do top temos as pesquisas esporádicas por "São Simeão", "O Jogo do Huki", "Excerto Primo Basílio" ou "Filosofia Anaximenes". Também somos agraciados por visitas graças a "porsche acidentado", "saxo cup", "anhanço", "habilitações literárias de luis figo" ou, o meu orgulho: "urinol gay".
Tudo isto serve para ver que, subtraindo estas visitas por engano ao baixo número de visitas totais, temos cerca de 10 visitas propositadas, mais visita menos visita, o que me deixa extremamente orgulhoso. Continuem assim e, já agora, não tenham vergonha de contar aos vossos amigos (mesmo os imaginários) que leram este blog, porque a chacota não dura assim tanto e a gente precisa de publicidade. Obrigado

terça-feira, maio 04, 2004

Atendedores de telemóveis

Com o advento da chegada do telemóvel às massas, surgiu um novo tipo de tiques e hábitos: o atender do telemóvel. Este gesto pode caracterizar a personalidade de uma pessoa, tal é a diversidade que pode assumir.
O telemóvel toca.... restam 3 opções: atender o telemóvel, ignorá-lo e continuar a conversar, independentemente dos olhares de desprezo e repúdio de outras pessoas; ou ficar a olhar durante meia hora para o display, talvez à espera que o nome que lá está mude para alguém com quem queremos realmente falar.
No caso de se atender o telemóvel, surge um no vo leque de opções. Temos o estilo "Agente Secreto" que se curva e retorce todo, sussura e olha constantemente em redor até se virar para uma parede, na tentativa de evitar a espionagem industrial.
Temos também os "Tenores" aqueles que falam ao telemóvel como se este não existisse, elevando a sua voz de forma a que a outra pessoa a ouça mesmo sem ter o telefone ligado. este modelo tem a variante de "volume à distância", falando o indivíduo tanto mais alto quanto mais distantes estiver o ouvinte.
Existe também o atendedor "Relaxado", aquele que atende da mesma maneira, independentemente da circunstância seja ela uma ida ao mercado ou um enterro. Estes espécimes são facilmente encontrados nas principais salas de cinema do país.
Temos, por fim, o "Peregrino" que, ao atender o telemóvel começa a andar, sem destino, como se quisesse acabar a conversa cara-a-cara. Há pessoas que se levantam mesmo, afastando-se na direcção oposta das pessoas que as acompanham, começando a caminhar em direcção ao Panamá, num estado de hipnose transcendental, acordando apenas com o terminar da chamada, momento em que se apercebem que estão perdidos no meio de uma qualquer ruela escura, o que lhes causa sempre alguns problemas.
Eu sei que vos deixo, normalmente, com uma mensagem ou moral, mas hoje não.

domingo, maio 02, 2004

Júlio Isidro

Após alguma reflexão, concluí que este senhor deveria ser castigado. Esta personagem da televisão portuguesa, profundamente relacionada com esse brilhante programa que foi "O Passeio dos Alegres", no mínimo já passou de validade. Vejamos as coisas desta forma, o senhor teve o seu sucesso nos anos 70/80 mas claramente já não está apto para as exigências do novo século, porquê insistir em continuar a dar-lhe tempo de antena ??
Vários me têm dito "Oh Bazílio deixa lá o homem que ele até é simpático" ... meus amigos, o Carlos Cruz também era simpático aquando da apresentação do 1,2,3 mais a sua bota Botilde e contudo está preso.
Mas Júlio Isidro não é apenas um apresentador desenquadrado com os tempos, é também um homem extremamente feio, de relembrar a sua presença no programa do Herman, no qual este lança um dos seus melhores comentários: H- "Oh Júlio tu não és um homem muito bonito pois não?" JI -"Herman não é bem assim, não sou feio" H-"Sim claro ... feio não ... és alternativo"
É factual a incapacidade registada para continuar a fazer companhia aos portugueses .. por favor alguém que lhe corte as asas.