Avisos úteis

Hoje inaugurei o meu registo negativo na DGV. Não, não atropelei um kamikaze geriátrico, vi a minha viatura, o SiMóbil, ser bloqueado.
Sim, falo-vos daquele flagelo trazido pelo pérfidos Sapos, no qual, para além de imobilizarem uma das rodas, estas criaturas se divertem a cobrir quase todo o carro cum uma quantidade farta de fita amarela e preta. Para além disso, estes seres colocam também um autocolante no vidro com algumas informações úteis de entre as quais se destaca, a vermelho, um aviso "Não coloque o veículo em marcha".
Ora, eu acho que esta frase é de um interesse e importância extrema, não fosse eu, totalmente descontraído sacar da minha serra eléctrica (necessária para retiar o trabalho de bricolage que envolve o retrovisor) e, como~que não quer a coisa, ligar o carro e partir para casa, ignorando uma enorme placa amarela fluorescente numa roda, pensando que talvez se trate de um saco de plástico voador, tratando-se a fita de uma partida de delinquentes juvenis.
A conversa com a criatura foi interessante, decobrindo eu alguns dos procedimentos que fazem deste país grande, ao descobrir que teria de largar naquele local 30 euros, sendo-me logo oferecido uma máquina portátil de cartões Multibanco, sabendo também que esta multa da EMEL seria reportada à DGV, sendo então possível pagar apenas a partir do 10º dia mas, se quisesse pagar de imediato poderia deslocar-me àquela mítica instituição portuguesa que são os Correios, nos quais passaria certamente os 10 dias a passar de guichet em guichet, à procura do certo, que é sempre "aqui ao lado", cercado por pelotões de velhos qe se recusam a pagar as suas contas de outra forma já que não têem a certeza que ficam pagas já que "não vêem o dinheiro a andar", para além de se aglomerarem em hordes selvagens nas primeiras horas dos dias de entrega de reformas que, como todos sabemos, apenas chegam para as primeiras pessoas.
Eficiência e lógica, modelo tuga

Ah, os tempos de Abril...

"Lisboa, 11 de Março de 1975

José M. D. Barroso, o jovem que foi notícia na semana passada por ter liderado a brigada que procedeu à apropriação pelo povo do mobiliário da faculdade de Direito de Lisboa, foi ontem acusado de "desvio revolucionário grave" pelo comité central do MRPP. Em causa está o facto de o jovem Barroso ter oferecido à namorada um cadeirão de couro Chesterfield retirado do gabinete de Marcelo Rebelo de Sousa, afilhado do ex-presidente do Conselho de Ministros de Marcelo Caetano e ideólogo do semanário "Expresso", onde, sob a capa da democracia, se abrigam alguns colaboradores do regime deposto pelos bravos capitães de Abril.
Ouvido em Tribunal Revolucionário, o suspeito disse que a acusação não passa de uma "cabala cripto-fascista", negando qualquer favorecimento à sua companheira, que está referenciada como pertencendo a uma das famílias que exploraram o campesinato das planícies alentejanas. O jovem garantiu estar a ser a vítima de uma "maquinação burguesa" urdida pelo fascista Marcelo, que não se conforma por ter visto devolvido ao povo o sumptuoso cadeirão, cujo preço estimado de custo chega para pagar 3 meses de salários em atraso aos trabalhadores da Sorefame, que prosseguem a sua luta revolucionária pelo controle dos meios de produção. "Foi ele quem andou a distibuir fotocópias em stencil pela calada da noite e foi ele quem pichou os muros da faculdade com a frase: 'Eu sei do que falo: o cadeirão do Marcelo não é para cus sem calo'", defendeu-se o militante do MRPP.
A defesa do jovem Barroso foi, no entanto, completamente posta de rastos pela exibição de fotografias onde a namorada do suspeito aparece sentada no cadeirão em poses próprias de uma pequeno-burguesa endinheirada. Mais grave ainda foi o facto de o camarada Arnaldo de Matos ter reconhecido nas fotografias o "reaça" Pedro Lopes, líder do MID (Movimento Independente de Direita). Testemunhas afiançaram que Durão e Lopes forma vistos juntos numa tourada no Campo Pequeno, com a agravante de Durão estar de gravata. Durão negou saber fazer nós de gravata, mas depois de pressionado pelo Grande Timoneiro acabaou por fazer um nó de Windsor perfeito numa gravata que foi emprestada por um misterioso homem de pêra. Entusiasmado, o jovem preparava-se para cometer o sacrilégio de ensinar a fazer o reaccionário nó americano, mas foi defenestrado pelos comandos revolucionários do MRPP. "

Texto da edição do Público de 23 de Abril

O Flagelo !!

Pegando num pensamento antigo, gostava de referir que os três grandes flagelos que afectam a sociedade contêmporanea são sem sombra de dúvida a fome. a guerra e os tugas mirones de auto-estrada.
Compreenda-se por este último todo aquele índividuo que ao circular na A1 sentido Porto - Lisboa a uma velocidade de 160 km/h, ao avistar luzes, trânsito parado e carros acidentados do outro lado do separador trava imediatamente a fundo causando sem dúvida perigo e embaraço para o trânsito que o precede ... mas perigo este necessário para não perder pitada do que se passa. É esta uma das mais curiosas caracteristicas do animal ibérico, o prazer que este obtém ao poder admirar na perfeição o desastre de terceiros, sendo que quanto maior a calamidade melhor o chavascal proporcionado ao atento observador. Exemplo: choque em cadeia, três carros a arder, corpos estendidos no chao, ambulancias, policia e bombeiros ... proporcionariam horas e horas de fila compacta no sentido contrário ao acidente, tudo em prol do bom visionamento do aglomerado de luzes e chapa amassada.
Por favor condutores nacionais ... quando virem um acidente, parem apenas se necessário auxilio imediato ... senão prossigam com as vossas vidas e não causem embaraço a quem vem atrás.

E o demónio surgiu em Chaves.

Ainda petrificado com o choque que foi ser informado da existência de indícios de corrupção no futebol nacional, que apanhou tudo e todos de surpresa, virei-me para o jornalismo na busca de notícias que escapassem a este tema.
Guiado pela minha conhecida apetência por informação de faca-e-alguidar, cheguei ao Correio da Manhã online onde, depois de extensas buscas, me deparei com uma notícia que me deixou pálido de medo.
"Mónica já viu o Diabo de frente. Estava todo vestido de preto e trazia um facalhão em riste. No entanto esta jovem de 17 anos jura a pés juntos que foi o seu primeiro e único contacto visual com o Satanás. Antes só tinha falado com ele ao telemóvel. “Ele telefonou a dizer que queria ver-me. Eu respondi que não porque não o conhecia de lado nenhum”, recorda três dias depois de ter sido protagonista de um ritual satânico que está a abalar o concelho de Chaves."
A reportagem, deisponível em completo aqui, é outra incursão da Parceria CM-TVI pelo sobrenatural, a seguir à muito aclamada história do vampiro necrófago luso-francês e inúmeras outras.
É verdade, Lúcifer, senhor dos infernos, mestre das trevas, anunciador do Apocalypse, aderiu ao telemóvel, utilizando-o para ameaçar esta senhora, a Mónica. Temos, em abono da verdade de reconhecer que este acto tem lógica, já que satã deve estar farto de aparecer sobre a forma de espíritos assombrados ou seres demoníacos, aderindo assim às novas tecnologias.
Como todas as jovens normais, Mónica, depois de falar com o Demo, voltou às lides da casa e comeu o seu empadão, calma e tranquila, pensando, talvez, que este se tivesse enganado no número. Mas não. Passados alguns minutos, o Diabo enviou um seu representante, Joaquim Mauro, um estofador de 27 anos, para castigar pelos seus pecados e incorrecções, esfaqueando e violando-a.
Mas aí é que a história ganha contornos estranhos, com o criminoso a assumir o seu crime, sendo imediatamente contradito pela sua própria mãe (todos sabemos que, no passado bíblico, a mãe do demónio é a D. Natália, que vai a Mirandela ver o rio).
Esta reportagem tem assim, no seu final, a sua verdadeira moral: até no fundo dos infernos, na fornalha das almas, existem famílias desfuncionais.
Isto sim é informação.

Curling

Hoje de manha acordei e pus-me a pensar "que assunto insólito irei utilizar hoje no blog" ... rapidamente o curling me surgiu na mente, esse desporto de elevada emoção. Para quem não sabe o curling é um desporto de origem nórdica (julgo eu) que constantemente a Eurosport insiste em passar, que consiste em atirar uma pedra redonda através do gelo enquanto dois desgraçadas esfregam o chão à frente. Isto no fundo é estranhissimo não ser o desporto nº1 em Portugal tendo em conta a quantidade de domésticas do nosso país ... vejamos que quem melhor que uma típica Elvira mulher-a-dias para esfregar o chão com mestria de maneira a uma correcta passagem do calhau até ao centro do alvo.
Modalidade mais adequada para o nosso país não existe, é que além da "cantera" nacional temos também a imigrantada que parece preferir o leste europeu e a África subsariana ao chão das mais requintadas casas nacionais.

Meio de transporte.....com estilo

Enquanto encalacrado no trânsito, veio-me à memória um episódio digno de aqui marcar presença. Tudo surgiu numa daquelas noites de sexta... por norma noites em que tudo pode acontecer, seja por influencia do alcóol, seja pelo mais puro "anhanço" juvenil. Desta vez, por incrível que pareça,a conversa desenrolou-se entre pessoas sóbrias...
A caminho da Av. D. Carlos I, aquele mito urbano (qual ABS ressuscitado diria o Bazílio) da buba colectiva, estando o grupo em amena cavaqueira, surgiu a questão: Qual o transporte com mais estilo? Falamos neste caso de veículos automóveis. Um ferrari, um porsche, um aston martin diria o ingénuo leitor. Pois não, chegámos nós à conclusão de que o título de transporte mais "estiloso" era disputado pelos seguintes:
- Um autocarro (tipo carris)
- Um tractor (pensou-se no agrícola, mas rapidamente se mudou de ideias. Fala-se portanto do tractor de um camião articulado)
- Um camião do lixo
É verdade. Parecendo que não, qual é a gaja que resiste a um indivíduo que apareça em santos ao volante de um tractor? Nenhuma! O próprio veículo emana um charme característico de um galã de hollywood! E um camião do lixo? As luzes no tejadilho, a parafernália de maquinismos no tabliêr, as alavancas na traseira, a própria aerodinâmica do automóvel são o sonho de qualquer fanático pelo mundo automóvel. E sair à noite e dar boleia a 50 amigos? Só com um autocarro! Imagine só o leitor a rambóia que não seria... Agora pergunto: Qual é o Ferrari que está à altura de qualquer um destes veículos? Qual é o Porsche que tem a "óptica" de um camião do lixo? Qual é o Aston Martin mais vistoso que um tractor? Indubitavelmente, não há melhor veículo que um destes como demonstração de estilo.
Deixo a escolha do vencedor a cargo dos leitores do blog. Indiquem a vossa escolha clickando no link "opinar". Será no mínimo interessante saber as preferências de cada um no que toca a este ponto tão importante na sociedade portuguesa.

Standard Literário

Depois de uma tarde passada às voltas na fnac do colombo à procura de um livro de fins "educativos" (diga-se de passagem que trata do que são, como se organizam e estruturam crimes financeiros...), actividade da qual saí com graves lesões vertebrais, cheguei a uma conclusão aparentemente simples, mas que não parece muito plausível para as editoras. Tudo isto adveio de uma simples pergunta que me pus enquanto nas escadas rolantes do dito centro comercial:
- Porque será que os títulos e nomes dos autores dos livros, quando apresentados na lombada destes, não estão todos escritos na mesma direcção?!
Tem um indivíduo que andar a dobrar a cabeça para um lado e para o outro feito um qualquer primata perante um objecto desconhecido para saber tal informação! Poderá isto ser uma cabala entre editoras e profissionais de saúde contra o despercebido cidadão?! Efectivamente, como posso comprovar pela dor aguda que povoa todo o meu pescoço, as mazelas resultantes de um tal esforço de leitura só poderão ser resolvidas com o auxílio de profissionais. Como tal, e para evitar que este estratagema ganhe proporções assustadoras, proponho aqui e agora que se crie um standard para a orientação do texto na lombada dos livros! Porque é estúpido entrar numa livraria e estarem meia dúzia de idiotas a abanar a cabeça. Porque para além de mazelas físicas, a perigosidade para a integridade de um indivíduo que uma actividade como procurar um livro apresenta afasta muito boa gente. Quiçá será daí que vem o menor indíce cultural de toda a União Europeia...
Já agora, vale a pena pensar nisto...

Simulacros para o Euro

É sempre com um sorriso nos lábios que vejo os entusiasmantes testes policiais para o futuro Euro 2004.
É uma constante nos telejornais portugueses estas notícias, onde é possível visualizar um elevado número de pessoas voluntárias a ter atitudes "hooliganescas" perante um sempre fantástico desempenho dos polícias destacados para o centro do conflito. A pergunta que deve ser feita é: Será que estes testes têm alguma utilidade para o futuro confronto? Na minha opinião são uma nulidade completa visto ser ridiculo simular as atitudes de adeptos em fúria. O cómico é que nestes simulacros o climax da violência dos "adeptos" é darem uns pulos em frente ás autoridades e gritarem algo como "owohoouuuhhuuhuogohhh". Naturalmente, a polícia perante estas pessoas que ali estão como figurinos, apenas se têm de manter quuietos nos seus lugares. Agora será de todo possível comparar estes saltos e berros a um possível motim levado a cabo por centenas de ingleses/alemães podres de bebedos e em fúria com a derrota da sua equipa? Será que eles vão apenas berrar e saltar ou irão arremessar cadeiras/copos/tudo o que lhes aparecer contra os pussantes agentes da Gnr ?
A minha conclusão é que isto apenas serve para no fim, o comandante da Gnr aparecer e proferir algo como "O simulacro foi positivo, os agentes de autoridade cumpriram o seu trabalho suprimindo todos os focos de incidência criminal, o resultado foram 8 feridos ligeiros e 4 graves" (números ficticios obviamente visto ninguém sair magoado de tal encenação)
Pensem nisto .. pois eventualmente chegarão à conclusão que era mais proveitoso ter agentes nas ruas e na altura do Euro prepararem-se para situações inesperadas pois serão as que vão ter de enfrentar.

Gritos de alerta

Tive, no outro dia, um período de reflexão nostálgica sobre os meus anos de liceu (aonde é que eles já foram....), e comecei a reviver alguns episódios desta época. Nessa altura apercebi-me de um facto que, mais tarde verifiquei, se repercute por todas as juventudes passadas.
Imaginem um indivíduo que passeia pelo pátio ou recreio da sua escola. Neste momento, uma bola sai disparada do campo de futebol que, ao atingir uma altura de 50 metros, se começa a percipitar a velocidades supersónicas em direcção à cabeça deste indivíduo, chamemos-lhe Tobias.
No entanto, um dos amigos do Tobias apercebe-se da situação, alertando-o para o facto com um alerta muito claro e inequívoco: "CUUIIDDAADDOO!!!!!". Resultado, Tobias entra em pânico, tenta perceber o que se passa e, antes que faça alguma coisa, apanha com a bola na cabeça, tem um traumatismo crâneano e passa a desmaiar cada vez que é chocalhado para o resto da sua vida.
Sentido desta história... tenham gritos de alerta especializados; não digam o mesmo para uma bola a cair, um carro descontrolado a chegar, um tijolo a sair de um terceiro andar ou uma tábua solta numa ponte pedonal.
Encurte-se o "cuidado" e junte-se uma pequena descrição da situação, p.e: "cuidado tijolo" ou "atenção comboio".
Evitemos assim acidentes desnecessários.

TV Cabo e a crise...

Queria aproveitar o meu regresso da reclusão Pascal com uma dissertação de como a TV Cabo se tem estado a posicionar de forma a acentuar a crise vivida no nosso belo país.
Tendo o Tuga macho pouco dinheiro, não disporá da habitual verba para o mecenato ( entendamos mecenato pela ajuda prestada aos estudos de jovens brasileiras e de Leste que gostam muito de partilhar o seu afecto...), restando-lhes assim, apenas, a TV para satisfazer as suas necessidades de "alívio da tensão".
Agora, a TV Cabo parece andar a tentar cortar ao máximo todas as oportunidades que os tugas têem de voltar a ver corpos proporcionais em posições e actos lascivos.
Primeiro tiraram-nos os horários descodificados dessas mecas da pornografia que são os canais Playboy e Sexyhot. Num novo passo arrojado e totalmente cruel, codificaram o Canal Íntimo, conhecido para todos como o Canal 18 ou Fiesta.
Agora, foi o a estocada final, retiraram o Fashion TV. Sim, aquele canal de moda onde, a espaços tinhamos sessões de fotografia em fato de banho ou desfiles de lingerie com modelos vulumptuosas.
Expliquem-me agora, o que fará o Tuga quando estiver sentado no seu maple, depois de terminarem as novelas da TVI? Será ele obrigado a assistir a documentários ou noticiários, ganhando assim alguma cultura? Não me parece que isto seja justo...
Aproveito então para lançar um repto a todos vocês, leitores assíduos, para se unirem e elaborarem abaixo-assinados, para tentar travar estes avanços da moralidade e decência na TV portuguesa. Pensem nisso...

Mensagem de apoio à música

Em dias em que passam filmes paneleiros na televisão, queria deixar aqui o meu voto de apoio aos directores que produzem os videoclips musicais.
Efectivamente, há aí uns quantos (clips, como é lógico... rotos de m*rda, que é que estavam a pensar...) que deixam qualquer gajo mentalmente são e convicto da sua sexualidade, literalmente agarrado ao pau!
Eis dois que na minha opinião melhor demonstram tal realidade:
BLACK EYED PEAS - HEY MAMA
CHRISTINA AGUILERA - DIRTY
BRITNEY SPEARS - TOXIC
FOUNTAINS OF WAYNE - STACEY'S MOM

Um muito obrigado e um bem hajam para todos aqueles que contribuem para um mundo melhor através da difusão de imagens como estas!

Um filme que faz chorar

Alguns dias passaram até que finalmente me decidi a escrever mais qualquer coisa. Esta é uma divagação que já tem história, e foi só por causa dos meus colegas de escrita que resolvi passar as minhas ideias para suporte informático.
Venho, como já deve o perspicaz leitor ter deduzido, falar aqui de um filme que provocou um autêntico dilúvio no meu sofá, tal era a actividade das minhas glândulas lacrimais. Mais. Não falo de UM filme, mas antes DO filme que me fez chorar. Não enverede o leitor por um trilho de pensamento paneleiro. Como é óbvio, eu não choro com romances nem dramas... (faço exactamente o oposto... mas isso fica para outro post) Isso seria estar a dar a conhecer ao mundo uma qualquer vertente rota inexistente na minha pessoa.
Vamos a factos.
A longa-metragem sobre a qual pretendo aqui dissertar é " Muito mais do que amigos ", que relata a história de um paneleiro (não tirem ilações precipitadas) interpretado por Paul Rudd, que vive com uma senhora grávida de fantástica aparência (basta para tal confirmar que é Jennifer Aniston que desempenha o papel).
Compreendo que se tenha instalado a confusão na mente do leitor. Efectivamente, se eu também tivesse um cérebro com 2 cm cúbicos, evidentemente que me estaria a perguntar: Mas em que medida é que isso faz chorar?
O busílis da questão está exactamente no trauma psicológico que me ficou e causou enorme pena por Paul Rudd. Senão vejamos. Paul Rudd é um professor de creche mariconso, grande amigo de Jennifer Aniston, que, quando fica grávida, percebe que as coisas não vão bem com o marido. Paul, como grande amigo que é resolve oferecer-se para cuidar do filho de Jennifer e instalá-la em sua casa. O que ele não percebe é que Jennifer só deixou o marido porque abriu os olhos um dia e viu que gostava era de Paul. Jennifer vai fazendo os seus avanços, sendo que Paul Rudd se vai deixando seduzir. Num dia em que eu já suspirava de alívio por achar que o paneleiro se tinha convertido, tal era a iminência de um bico, o antigo namorado de Paul, Joley telefona e devolve Paul ao limiar da paneleiragem. Há que dizer que por esta altura o meu olho esquerdo entrou em processo de preparação para um eventual desastre homossexual. Mas continuando com o enredo, este desenvolve-se à volta disto até que a relação Paul-Jennifer se deteriora de tal modo que Paul prefere um outro amigo maricas a Jennifer, obrigando-a a sair de sua casa, sendo que o filme termina com o pessoal todo amigo, Paul Rudd e o outro roto, Jennifer e um preto.
Agora, com toda a seriedade, eu pergunto: É ISTO QUE É UM FINAL FELIZ?!?
Naturalmente que tal tufão de relações esquisitas e ausência de alguém que obrigasse a jennifer a usar trajes mais reduzidos, me levou a uma cena idiota de choro, sentado no sofá, a olhar para a televisão, às 3:30 da manhã.
Mais! Como será que Paul Rudd aceitou andar aos beijos com um gajo e rejeitar avanços e contactos com Jennifer Aniston?!? Por muito actor que seja! C*r*lho, se eu estivesse no lugar dele, ver-me-ia na obrigação de impor um fim alternativo ao director, em que eu não estivesse com mariconsos à volta e acabasse por comer a Jennifer Aniston!! Caso contrário, que fossem buscar um verdadeiro paneleiro para desempenhar tão humilhante papel aos olhos do mundo heterossexual e sensato. Eu pediria o número de telefone da Jennifer e arrumava as botas no que toca ao filme.
Sinceramente.... o mundo está à beira do abismo. E a trupe da maricagem está a tentar fazê-lo dar um passo em frente...

A culpa é do sistema

Bem sei que o pobre leitor se tem indagado um sem número de vezes "porque será que aquele Ermenegildo Anaximénes, esse génio incompreendido da crónica, não escreve?".... Foi a pensar exactamente nesse fenómeno que resolvi escrever hoje. Queria aliviar essa preocupação da mente daqueles que me têm enviado centenas de emails a pedir que volte... como se eu me tivesse ido embora! Pois cá estou, em força e em estilo, pronto para satisfazer esse cantinho intelectual de sátira moderna que todos temos. Não vou, no entanto, escrever uma qualquer crónica ou dissertação. Vim somente explicar o meu desaparecimento. Tal deveu-se àquela época terrível, que ocupa os piores pesadelos de um estudante: as frequências.
É verdade, meus amigos, EU ESTUDO. Não é muitas vezes, é certo... mas estudo! E a culpa de eu estudar e não estar a ocupar células cinzentas com esta brincadeira é, inevitavelmente, do sistema! Não fossem as duas frequências, os 10 trabalhos, as 5 apresentações, os 50.000 trabalhos de casa (já não há seriedade... até na universidade...) e, como não podia deixar de ser, as "exercitações" para a cadeira do Pe. Windows..... eu estaria aqui, a cumprir o meu dever de escritor para com o mundo!
Portanto, se não mais querem que eu falte com os meus deveres literários neste blog, por favor, enviem um abaixo-assinado para a única universidade capaz de submeter uma pessoa a tanto trabalho, a pedir a minha dispensa de todos estes obstáculos estudantis à produção literária, que tanto espírito carente de uma boa gargalhada intelectual tem vindo a enriquecer.
Desde já o meu muito obrigado.