segunda-feira, abril 12, 2004

Um filme que faz chorar

Alguns dias passaram até que finalmente me decidi a escrever mais qualquer coisa. Esta é uma divagação que já tem história, e foi só por causa dos meus colegas de escrita que resolvi passar as minhas ideias para suporte informático.
Venho, como já deve o perspicaz leitor ter deduzido, falar aqui de um filme que provocou um autêntico dilúvio no meu sofá, tal era a actividade das minhas glândulas lacrimais. Mais. Não falo de UM filme, mas antes DO filme que me fez chorar. Não enverede o leitor por um trilho de pensamento paneleiro. Como é óbvio, eu não choro com romances nem dramas... (faço exactamente o oposto... mas isso fica para outro post) Isso seria estar a dar a conhecer ao mundo uma qualquer vertente rota inexistente na minha pessoa.
Vamos a factos.
A longa-metragem sobre a qual pretendo aqui dissertar é " Muito mais do que amigos ", que relata a história de um paneleiro (não tirem ilações precipitadas) interpretado por Paul Rudd, que vive com uma senhora grávida de fantástica aparência (basta para tal confirmar que é Jennifer Aniston que desempenha o papel).
Compreendo que se tenha instalado a confusão na mente do leitor. Efectivamente, se eu também tivesse um cérebro com 2 cm cúbicos, evidentemente que me estaria a perguntar: Mas em que medida é que isso faz chorar?
O busílis da questão está exactamente no trauma psicológico que me ficou e causou enorme pena por Paul Rudd. Senão vejamos. Paul Rudd é um professor de creche mariconso, grande amigo de Jennifer Aniston, que, quando fica grávida, percebe que as coisas não vão bem com o marido. Paul, como grande amigo que é resolve oferecer-se para cuidar do filho de Jennifer e instalá-la em sua casa. O que ele não percebe é que Jennifer só deixou o marido porque abriu os olhos um dia e viu que gostava era de Paul. Jennifer vai fazendo os seus avanços, sendo que Paul Rudd se vai deixando seduzir. Num dia em que eu já suspirava de alívio por achar que o paneleiro se tinha convertido, tal era a iminência de um bico, o antigo namorado de Paul, Joley telefona e devolve Paul ao limiar da paneleiragem. Há que dizer que por esta altura o meu olho esquerdo entrou em processo de preparação para um eventual desastre homossexual. Mas continuando com o enredo, este desenvolve-se à volta disto até que a relação Paul-Jennifer se deteriora de tal modo que Paul prefere um outro amigo maricas a Jennifer, obrigando-a a sair de sua casa, sendo que o filme termina com o pessoal todo amigo, Paul Rudd e o outro roto, Jennifer e um preto.
Agora, com toda a seriedade, eu pergunto: É ISTO QUE É UM FINAL FELIZ?!?
Naturalmente que tal tufão de relações esquisitas e ausência de alguém que obrigasse a jennifer a usar trajes mais reduzidos, me levou a uma cena idiota de choro, sentado no sofá, a olhar para a televisão, às 3:30 da manhã.
Mais! Como será que Paul Rudd aceitou andar aos beijos com um gajo e rejeitar avanços e contactos com Jennifer Aniston?!? Por muito actor que seja! C*r*lho, se eu estivesse no lugar dele, ver-me-ia na obrigação de impor um fim alternativo ao director, em que eu não estivesse com mariconsos à volta e acabasse por comer a Jennifer Aniston!! Caso contrário, que fossem buscar um verdadeiro paneleiro para desempenhar tão humilhante papel aos olhos do mundo heterossexual e sensato. Eu pediria o número de telefone da Jennifer e arrumava as botas no que toca ao filme.
Sinceramente.... o mundo está à beira do abismo. E a trupe da maricagem está a tentar fazê-lo dar um passo em frente...