sexta-feira, novembro 12, 2004

"A água" por Manoel Maria Barbosa du Bocage

Nota: Achei por bem desta vez não censurar as palavras mais ofensivas. Tudo em prol da manutenção da beleza original da obra poética que se segue.


Meus senhores eu sou a água
que lava a cara, que lava os olhos que lava a rata e os
entrefolhos que lava a nabiça e os agriões que lava a piça e os
colhões que lava as damas e o que está vago pois lava as mamas e
por onde cago.

Meus senhores aqui está a água
que rega a salsa e o rabanete
que lava a língua a quem faz minete que lava o chibo mesmo da
rasca tira o cheiro a bacalhau da lasca que bebe o homem que bebe
o cão que lava a cona e o berbigão

Meus senhores aqui está a água
que lava os olhos e os grelinhos
que lava a cona e os paninhos
que lava o sangue das grandes lutas que lava sérias e lava putas
apaga o lume e o borralho e que lava as guelras ao caralho

Meus senhores aqui está a água
que rega as rosas e os manjericos
que lava o bidé, lava penicos
tira mau cheiro das algibeiras
dá de beber às fressureiras
lava a tromba a qualquer fantoche e lava a boca depois de um
broche.

8 Comments:

At 11/12/2004 10:42 da tarde, Blogger eDOUGH4u said...

Anda uma pessoa a tentar fazer disto algo de sério (ou não...), maduro (isso é que não mesmo) e de confiança (xiii...) e vêem-me com isto...

 
At 11/13/2004 2:45 da tarde, Blogger Unknown said...

o bocage é o maior!!!

era é incompreendido...

 
At 9/06/2006 7:54 da tarde, Anonymous Anónimo said...

o poeta do povo...um marco incontornavel na nossa cultura literaria...=D

 
At 11/17/2006 11:07 da manhã, Anonymous Anónimo said...

bocage demostra q tal como a água, nós somos todos do mesmo e n há necessidade de tentar demonstrar diferenças onde elas n existem

 
At 1/16/2007 3:35 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Anonimo, das diferenças
deixemo-nos de conversa de chacha
pára de cagar sentenças
vai lavar a pachacha.

Daqui joão bagalhoto,
há dias um tal de maroto,
entre um peido e um arroto,
espetou-me na porta um cagalhoto.

Não pensem, mentes de cão
Que bocage tento imitar,
Pois ao lember o berbigão
ja tenho o nabo a pingar.

Na próxima estou a magicar,
Enquanto entulho conas à bruta
O cu foi feito para cagar,
Meus grandes filhos da puta!


Mas voltando à vaca fria,
E ao velho forrobodó
Fodi a mãe, fodi a tia
mas, desporrei-me na avó.

 
At 12/18/2013 6:27 da tarde, Anonymous Anónimo said...

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At 2/07/2016 11:32 da manhã, Blogger rogerio said...

Du caralho

 
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Du caralho

 

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