segunda-feira, outubro 11, 2004

Demolição de Interiores

Há dias ao fim de 3 horas de sono após uma excitante noite de corridas de caricas em pista coberta ali para os lados de Alcobaça e de uns copos a mais de Xeropiga, acordei com a sensação que me encontrava bem no centro da Rua Joaquim António de Aguiar antes do embargamento do famigerado tunel do Marquês. Utilizo este corriqueiro exemplo para simplesmente dizer que o meu vizinho do andar de baixo decidiu por bem por verdadeiros "Stallones" a rebentar com as paredes da sua habitação. Eu não faço ideia o que vai na cabeça do senhor, mas não é de todo agradável acordar às 9h da manha após tanta farra, com uma dúzia de martelos pneumáticos comandados por senhores com amor pela destruição e por picaretas erguidas violentamente por ex-mineiros que dedicaram toda uma vida à procura de volfrâmio.
Com tamanho caos, julgo que mais dia menos dia o prédio vai abaixo por derrube de um pilar estruturante pois garanto quase com certeza que a ideia do senhor será a inexistência total de paredes na sua habitação.
Temos de confiar no bom gosto dos arquitectos e tentar manter as linhas estruturais das nossas habitações, caso contrário estaremos a contribuir para demolições em massa ou para o aumento do negócio dos médicos otorrinos.