segunda-feira, agosto 23, 2004

Trigonometria on Fire

É já de manhã que procuro encontrar palavras que melhor me permitam descrever um daqueles que eu vim a descobrir serem muitos fenómenos da noite nesta estação de pouca roupa e espírito livre. Neste caso falo da Trigonometria, discoteca nas imediações da quinta do lago. De cada vez que lá fui estas férias aprendi sempre mais qualquer coisinha. Desde o facto de que a criançada inicia a vida sexual cada vez mais cedo, até aos mais recentes avanços e desenvolvimentos da chamada “dança moderna”. Eu elaboro.
Um destes dias, decidiu-se por unanimidade entre o meu grupo de amigos (as amigas não são, de momento, chamadas...havemos de lá chegar..) que haveria bubadeira na Trigo. Pois bem, iniciou-se a noite de copofonia no apartamento que viria a ser conhecido por toda a Vilamoura como a “Comunidade T0”. De seguida apanhou-se o autocarro para a quinta do lago, servindo de entretenimento cantos de apoio ao Glorioso e momentos de “xinganso” da massa humana que povoava o já muito batido “baleeiro com rodas”. Chegados à bendita discoteca (queria lançar aqui um repto de apoio ao movimento “bar aberto” que a Trigonometria decidiu criar. BOA ONDA.) deparamo-nos desde logo com uma rapariga que não teria mais do que as suas 15, 16 primaveras, de saia (15 cm... se calhar já recai sob a classificação de “cinto”...) branca, top laranja que entre estar lá e não estar não fazia grande diferença e uns sapatos de salto alto com uma espécie de atilhos que se enrolavam pelo pernil acima até ao joelho, total, absoluta e completamente embriagada. Tudo o que era amigo dela com qualquer coisa entre as pernas lhe metia a mão entre as pernas... Começara o show.
Estava o nosso grupo a fazer valer a noite, isto é, a mamar copos aos “pares de cinco” quando reparamos numa “menina” de constituição anatómica agressiva (em peso, era todos nós juntos...). O Brulk, homem de grandes mulheres (não que goste delas, gosta é de gozar com elas..) de imediato se fixou na rapariga.. Entretanto, lá andava ela pela pista cravando cigarros (que “quase” ninguém tinha coragem de lhos negar), criando clareiras por onde passava, feliz da vida com a amiga.. A dada altura resolve-se a subir ao andar de cima, onde nos encontrávamos a xingar a gorda à distância. Foi a desgraça. Procurando eu uma aberta no bar para pedir nova rodada de 5 (para mim.. amigos amigos, bebidas à parte) devo ter surgido no campo de visão da gorda, que me surpreendeu agarrando-me pelo pescoço (bastante violentamente devo dizer... a p*ta da gorda devia ser halterofilista) e berrando-me ao ouvido que estava desesperada por cigarros. Indiquei-lhe o caminho para a máquina de tabaco mas tal não parece ter resultado pois ela não me largou e dizia que se não lhe dava 3 cigarros, que fosse cravar para ela ou então que lhos comprasse. De repente, Brulk surge em meu auxílio, apalpando a gorda, que, surpresa, me libertou e virou costas pela fracção de segundo necessária para fugir do alcance da garra da besta. A partir daí, a gorda não teve descanso. Apalpão aqui, apalpão ali, apalpão acolá (acreditem, o bicho tinha MUITO sítio para apalpar)... Nem mesmo no autocarro de regresso a gorda teve descanso...
Enfim, foi O INÍCIO da nossa história com a gorda algarvia... Em breve, desenvolvimentos com a fauna da Trigo: gorda – o reencontro; e o paneleiro da dança moderna... outro fenómeno cuja divulgação é de extremo valor acrescentado...