quarta-feira, agosto 25, 2004

O bidon - take 2

Felizmente, para o divertimento de todos, a gorda voltou a surgir na noite algarvia. Novamente na Trigonometria, vá-se lá saber... Pois bem, dado que o grupo nessa noite se havia partido (de um lado os que não se importam de “pegar de marcha atrás”, do outro os que dispensam qualquer aproximação ao rabinho por terceiros, ESPECIALMENTE se for via bolso, com limpeza de carteira incluída – por outras palavras, alguns de nós haviam-se recusado a pagar 25 € para entrar no Klube...), desta vez foi possível fazer uma verdadeira aproximação à gorda, uma coisa personalizada. Um pequeno 4 para 1 (!).
Apesar de não termos estabelecido grandes contactos durante o período em que estivémos na discoteca (afinal de contas estávamos lá para nos divertir e ouvir de 5 em 5 minutos “Arranjem-me um cigarro” não é bem o nosso ideal de divertimento.... podia ter piada durante um bocado mas a dada altura existia o risco de alguém bater na gorda) esta noite foi tremendamente produtiva. Batiam as 5:30 e já um segurança me empurrava em direcção à saída da discoteca, entretanto deserta (fenómeno que me havia escapado...).Depois de refilar com a menina da porta devido à hora de fecho e expulso que havia sido do recinto, encontro nada mais nada menos que o grupo com quem havia vindo a “bater couro” à gorda. De imediato entro na onda. Entretanto surge o irmão da rapariga, chamando cordialmente a atenção: “Eu sei que a minha irmã é um bocado gordinha, mas não gozem com ela que senão há chatice!”. Enfim, ilusões da idade. Um inconsciente. Enxotado o palonso do irmão, retomámos o engate à gorda. Chegava o autocarro com destino a vilamoura e desaparecia a miudagem toda que havia ficado por ali. Levanta-se a “bochinha” e despede-se com um “arranjem-me um cigarro...”. Huki não está para meias medidas e desabafa: “Ó Xeko, arranja aí um cigarro à gorda!!”. Estando o monstro a menos de metro e meio de nós larga um potente e retumbante: “Epah, vai-te f*der, sim?” Começados os 5 minutos que passámos a rir, corremos para o carro, que de imediato pus lado a lado com o autocarro parado. Impossível ver o que quer que fosse para dentro do veículo devido à publicidade da JB. Nada que nos impedisse. Abrimos janelas e tecto de abrir e vá de mandar vir com a gorda. E não é que quando nos cansamos de xingar o pote, num surpreendente momento de silêncio, se ouve: “Pó c*r*lho, c*brões de m*rda!! Vão-se f*der seus PARVOS!”. Saltou-lhe o verniz e saltou-nos a tampa... No caminho todo que fizémos até casa, por entre os risos a frase que mais se ouviu foi : “P*ta da gorda!”

Moral da estória: A obesidade é um problema grave mas, acima de tudo, um mal necessário. Não fosse a gorda de quem é que nos ríamos??

Salvé ó Carolina, ícone da obesidade;
Gorda terrível, chacota da comunidade!