Elas e o futebol - 1
É verdade, já lá vão os tempos em que se afigurava impensável encontrar estes dois conceitos na mesma frase... Cada vez mais elas se imiscuem naquilo que nós, os homens, consideramos território sagrado, o NOSSO território. Contudo, o grau de «hominização» das mulheres varia. Vou de seguida descrever-vos o dia em que a selecção portuguesa decidiu fazer sumo de laranja em pleno estádio de Alvalade (Já não bastava ser casa de banho, agora virou cozinha... mas acho bem) para chamar a atenção disso mesmo.
Acontece que eu fui visualizar o jogo à beira rio com 4 pessoas: um amigo, a namorada de um outro amigo e duas amigas, sendo que estas duas últimas vão ser o ponto de referência para aquilo que pretendo. (Gostaria de, desde já, informar o leitor que parta do pressuposto que para irem ver a bola são camafeus de que está TREMENDAMENTE ENGANADO. E mais não digo...)
Pois para além do show de bola a que assisti, retirei ilações daqueles 90 minutos que davam para escrever um livro. Senão vejamos: a dada altura, uma das senhoras que referi, que vinha a fazer-me concorrência nos comentários para a televisão (exemplos: “’Tão p’rái a engonhar f*da-se!! É mandar uma jarda de fora da área!!”; “P’rá frente c*r*lho! P’ra trás é a nossa baliza!!”; “Mexam-se sevandijas de m*rda!! São pagos p’ra quê?”; “Tão práli a mandar bolas pa c*lhões quando deviam era aguentar a p*rra da bola...F*da-se!!”) literalmente LARGOU a seguinte bomba: “Eu gosto de futebol, eu gosto de carros, eu gosto de aviões, eu falo de sexo (interessante, hein? Porque não manter o verbo “gostar”?).... Eu sou um homem!”
Foi por esta altura que se fez luz. Efectivamente, as mulheres cada vez mais gostam daquilo que só nós devíamos gostar... Mas pela actuação de cada uma destas «malucas» foi-me possível distinguir, como já referi, diferentes graus de «hominização». Se uma veio simplesmente ver a bola e depois “curtir” a vitória, a outra veio, viu e venceu, seja na visualização do jogo, seja ao puxar-nos todos no marquês, para caírmos em cima do pobre do jornalista que tentava responder a perguntas do estúdio..
Ainda me lembro da resposta que obtive quando comentei que uma delas era uma “ganda” maluca: “Sabes, nós temos classificação para as outras... Ela, por exemplo, é a mente suja... já eu, a mente santa...” (decerto o leitor(a) já associou a classificação ao modo de agir...).
Impõe-se por fim a pergunta: Será este fenómeno de «hominização» entre as mulheres bom? Penso eu que sim, mas com limites... Nós, os homens, até gostamos de tê-las por perto quando estamos a ver a bola, desde que não comecem a disparatar...”Não bebas tanto!”; Não comas essa porcaria!”; “Não fales de boca cheia!”; Não fumes e bebas ao mesmo tempo!” são comentários que garantem uma viagem de ida de volta para o carro ou para a cozinha. Fora isso, senhoras: venham à vontade!! Qualquer homem, quando a coisa está difícil prefere apertar a perna de uma senhora, do mesmo modo que quando tudo corre bem prefere dar beijos e abraços ao sexo feminino...
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