Desenhos animados...que futuro?
Foi com tristeza que, no outro dia, sendo obrigado a ficar em casa, tentei assistir a alguns desenhos animados, num pequeno toque de nostalgia...terrível erro.
É normal que hoje em dia as crianças pareçam mais alternativas, mais escanzeladas (embora isto esteja também associado ao facto de, em vez da saudável mochila de 15 kgs agora transportarem o seu material escolar em carrinhos roubados a velhas que andam às compras em mercados) e, sobretudo, sensíveis à mínima violência, algo que acho ser totalmente inaceitável já que, no máximo aos 12 anos o petiz deverá já ter visto o seu Rambo ou Conan totalmente densensabilizado para o sangue e violência, achando-lhes piada.
Isto é, sem dúvida influência de programas como teletubbies, onde 4 coloridos seres saltitam na relva iluminada por 1 Sol com a cara de uma criança, onde nenhuma palavra se profere. Temos também pokemons, digimons, bit-bichos (descobri-os ontem no canal Panda), entre outros, onde a violência máxima atingida são olhos negros, pensos na testa e olhos com X's. O que é feito de Dragonball, onde os inimigos ou eram pulverizados, fugima, ou cortados ao meio, ou de Batusai onde cada inimigos derramava no mínimo 4 litros de sangue por episódio.
Já nem têm desenhos dobrados em brasileiro (saudosa RBA e Herbert Dirictions). Perderam clássicos como Tsubasa, com os seus campos de futebol assentes em gigantescas lombas, Tartarugas Ninjas, Cavaleiros do Zodíaco, Sabre Riders, Capitão Planeta, He-Man, Transformers, Duck Tales ou mesmo o Conde Pátula.
Minha gente, isto é grave. Estes jovens crescerão até mesmo sem Ursinhos Carinhosos, Pequenos Póneis, Era uma vez a vida, Estrumpfes, Tom Sawyer, ou até o Panda Taotao e Heidi & Marco. Nem a Abelha Maia se safou !... Ao invés, os magnatas televisivos apenas mantiveram um programa inalterado...Voltron.
Agora expliquem-me como podem formar-se mentes normais e funcionais com crianças alimentadas de Bonecos paneleiros que grunhem, peluches que lutam e dormem dentro de bolas de bilhar e 1 desenho animado dos anos 80 que, nem nessa altura devia ter admiradores.
Nem mesmo as séries se safam. Perde-se Michael Knight, Esquadrão Classe A ou mesmo o silicone de Baywatch, ganhando-se dobragens em Português de Dawson's Creek ou daquele cão que fala com 1 lenço ao pescoço.
Se queremos ter uma geração não totalmente perdida cabe-nos a nós, priveligiados por televisão infanto-juvenil de qualidade enquanto crescemos, lutar e inundar as cadeias televisivas de pedidos de reposições destas pérolas da história da Caixa Mágica.
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