quarta-feira, fevereiro 04, 2004

Morangos Com Açucar

Começo por desabafar com uma pergunta. O QUE É QUE PASSOU NA CABEÇA DO GAJO QUE ESCREVEU O ARGUMENTO PRA ESTA NOVELA????

Agora sim posso começar a minha dissertação. Antes de mais tenho de confessar que vejo esta novela, de outra forma não poderia critica-la, contudo tenho de dizer que esta obra da NBP é a prova que diarreias mentais existem. Diálogos como uma professora virar-se para um grupo de pais e dizer “Perdoem-me estar de óculos mas estou com uma tensão ocular” (como se usar óculos fosse falta de educação) ou então “Damos um cheque ou dinheiro? Não interessa mete-mos tudo num envelope” são belos exemplos da elaboração e da mestria como se maneia a língua portuguesa.

Também é de reflectir sobre a razão pela qual a pessoa que veste os actores ainda não foi mutilada analmente por um negro subsaahriano e enviada dentro dum cargueiro para a Patagónia, isto porque NÃO é fixe os actores homens usarem anéis, ou haver uma personagem que se veste diariamente de preto da cabeça aos pés, ou também existir um bicho que em vez de passar a cabeça por água passa por gel. O leitor pensa “Jesus, que catástrofe” mas aí é que se engana, isto não é tudo. As situações em si também o seu quê de caricato. Pipo, o bom da festa mete-se no seu veículo e vai atrás de Joana que se desloca para um bairro que eu considero que está entre a Pedreira dos Húngaros e o Casal dos Machados, onde esta vai “rapar” com os seus amigos. Imaginem a cena, uma rapariga de Cascais no meio dos bandidos e o Pipo dentro do bairro a 5 metros destes a olhar, E NADA SE PASSA???? Depois as crianças pensam que é assim na realidade, que os moradores desses ditos bairros são boas pessoas, e depois admiram-se que são roubados e esfaqueados.

Julgo que devemos reflectir sobre o que vai de mal neste país e talvez cheguemos à conclusão que Morangos Com Açúcar é a razão de todos esse mal.