segunda-feira, fevereiro 06, 2006

Nomes Brasileiros

Para quem pensava que os brasileiros demonstravam toda a sua criatividade ao chacinar a língua de Camões com os seus galera, parabenizar ou até mesmo pé na tábua meu chapa, aqui fica uma pequena selecção de nomes registados em cartórios brasileiros. Para ver a lista completa de nomes estranhos cliquem no link.
Abrilina Décima Nona Caçapavana Piratininga de Almeida, Abxivispro Jacinto, Agrícola Beterraba Areia Leão, Amazonas Rio do Brasil Pimpão, Asteróide Silverio, Benedito Frôscolo Jovino de Almeida Aimbaré Militão de Souza Baruel de Itaparica Boré Fomi de Tucunduvá (tem mais nomes que os infantes), Bom Filho Persegonha, Céu Azul do Sol Poente, Comigo é Nove na Garrucha Trouxada, Deus É Infinitamente Misericordioso, Deus Quer Magalhães Mota, Estácio Ponta Fina Amolador, Éter Sulfúrico Amazonino Rios, Faraó do Egito Sousa, Gerunda Gerundina Pif Paf, Graciosa Rodela D'alho, Hidráulico Oliveira, Himineu Casamenticio das Dores Conjugais, Horinando Pedroso Ramos, Hypotenusa Pereira, Ilegível Inilegível, João Sem Sobrenome, João Suíno de Oliveira, Jotacá Dois Mil e Um, Liberdade Igualdade Fraternidade Nova York Rocha, Lynildes Carapunfada Dores Fígado, Magnésia Bisurada do Patrocínio, Manolo Porras y Porras, Otávio Bundasseca, Pacífico Armando Guerra, Restos Mortais de Catarina, Rolando Caio da Rocha, Rolando Escadabaixo, Um Dois Três de Oliveira Quatro, Wanslívia Heitor de Paula.
Isto sim é ser cruel para os filhos...

Saudações Simeanescas

domingo, fevereiro 05, 2006

O ultimo grande herói

Quem me conhece sabe que sou um amante da 7ª arte.
Nesse campo aprecio filmes vencedores de óscares, blockbusters de Verão, o puro filme de pipoca e algumas produções feitas fora de Hollywood... mas no meu coração cinéfilo há e haverá sempre um cantinho especial para filmes maus, filmes sem qualquer aspecto positivo, sem história, desempenhos ou realização que justificassem o uso da película em que são filmados.
É neste tipo de filmes que encontro os dois maiores heróis do mundo cinematográfico: Steven Segall e Chuck Norris.
O primeiro tem a minha escolha devido a multitude de papéis que desempenha que, com um talento inegável conseguem sempre levar a que a sua personagem tenha uma extensa experiência na arte do Kung Fu que, conjugada com o seu sangue índio e com o seu QI de prémio Nobel o tornam numa arma letal, facto constatado pelas lutas em 99% dos seus filmes, durante as quais nunca sangrou, se sujou ou até mesmo desfez o mítico rabicho d cavalo.
Chuck Norris, em particular o seu imortal desempenho de Walker o Ranger do Texas (belas tardes de sábado...), é um semi-deus no panorama da acção em tela. A sua fronha inexpressiva, o corte de cabelo e barba inalterados desde o início da sua carreira há 30 anos, e o seu mítico pontapé rotativo que mesmo quando aplicado sobre alcatrão levanta uma nuvem de pó na camisola do oponente, fizeram dele um verdadeiro ícone no mundo dos heróis canastrões.
É devido a esta minha paixão que vos deixo este site, provavelmente um dos mais relevantes e importantes a povoar o ciber-espaço. Cliquem aqui

Saudações Simeanescas

sábado, fevereiro 04, 2006

Pedaços de cultura inútil

Existem residentes portugueses em 125 dos 191 países membros das nações unidas, podendo destacar: 3 tugas no Benin, 4 no Burkina Faso, 4 no Gana, 1 na Guiné Equatorial, Libéria e Tanzânia, 4 na Jordânia, 2 na Síria e 1 no Bangladesh.
Moral do post: Não interessa quão mau é a região, clima ou regime de um país...Se for país tem um tuga.

Saudações Simeanescas

Olhe se faz favor....podia-me dar uma indicação?

Como bom homem tuga que sou, sempre que faço alguma viagem de carro para um sítio que não conheço, anoto algumas direcções na minha cabeça e sigo à aventura.
Invariavelmente, acabo perdido, sem qualquer ideia de onde estou ou como ali vim parar. É nestas alturas em que, fazendo uso da famosa hospitalidade portuguesa, encosto o carro a berma e, baixando o vidro, peço indicações a um qualquer transeunte que se encontre por perto. Usualmente muito cordiais e simpáticos, estes indivíduos rapidamente começam a debitar o melhor atalho (não o caminho mais simples) para o meu destino, percurso esse que envolve sempre meia dúzia de direitas, outras tantas esquerdas, alguns "ao cimo da rua vire na 2ª à direita" e o já mítico "ora bem...o shôr vai por esta rua até à rotunda, controla a rotuda e sai no sentido...".
Este processo não acaba aqui já que, dado que não conheço a zona, falho uma qualquer saída, quer por não contar caminhos de cabras como ruas ou por não ver o marco ou sinal que separa a rua do seu cimo, acabando sempre ainda mais longe do destino do que começara. Mas, com alguma insistência, algum gasto idiota de gasolina (dado que homem que é homem nunca hesita num cruzamento ou bifurcação, insistindo em tomar a decisão em milésimos de segundo, de forma a não ter de baixar uma mudança), lá chego aos meus objectivos.
Esta epopeia ganha novos contornos quando é empreendida em cidades com menos que 100.000 habitantes, já que são introduzidas na equação as medidas de distância locais. Temos por exemplo o "é já ali a seguir" que engloba todas as distâncias dos 50 metros aos 50 quilómetros. Outra medida de distância local é o tempo, como por exemplo o "o senhor vai seguir por este caminho por 5 minutos", que para além de ser válida para todas as velocidades automóveis, permanece inalterada quando a pergunta é feita por um ciclista, um peão ou um agricultor na sua carroça.
Todos estes elementos contribuem para que uma simples viagem se transforme numa aventura épica, pelo que sempre que chego a um sítio que não conheço depois de largos minutos à procura me sinto um pouco mais heróico e conquistador (ou cansado e pobre...depende).

Saudações Simeanescas

Cartoons Islâmicos

Esta controvérsia toda gerada em torno dos cartoons de Maomé andava-me a intrigar há já alguns dias, pelo que me decidi a tentar encontrar os ditos cartoons para tentar ver com os meus olhos a razão de tanto protesto.
Aqui estão as imagens originalmente publicadas pelo Jylland Posten e depois republicadas por toda a Europa (Se bem que cá por Portugal não vi nada...será que temos medo duma sublevaçao da mouraria e da entrada dos senhores que usam toalhas de banho da cabeça, que aguardam em Marrocos há mais de meio século por uma desculpa por reclamar a terra aos infiéis?)













Eu nao sou especialista mas isto nao me parece razão para tanta fleuma....

Saudações Simeanescas
A ver se desta vez o blog volta a arrancar...

domingo, outubro 09, 2005

Autarquicas 2005

Como sempre faço desde os meus 18 anos, desloquei-me até à escola secundária da zona para exercer o meu direito de voto. Para aqueles que não votam a mensagem que deixo é: Espero que um dia destes ganhe um partido, que imponha uma ditadura e por não gostar de vocês pegue fogo ás vossas casas. Isto porque sou um acérrimo defensor do voto obrigatório e de penalizaçoes severas para quem tal nao o faça.
Posto isto, resta-me dizer que me chamou especial atenção as inovações junto à escola dos outros anos para este. Estou a falar das duas roulotes e do vendedor de castanhas. Num dia em que a principal preocupação das pessoas seria deslocar-se ao estabelecimento de ensino, votar e ir pra casa almoçar com a familia, para posteriormente ver os programas especiais sobre as eleiçoes, parece que existe sempre tempo para uma fartura - ou pelo menos é isto que acha o Sr. Artur Farturas que vende churros com e sem recheio.
Tive ainda tempo para responder a uma sondagem TVI/Intercampos, e para ouvir várias senhoras de idade a perguntarem quem eram os candidatos. Esta ultima constataçao apenas me leva a subscrever a frase de Winston Churchill "The best argument against Democracy, is a five minute conversation with the average voter".
Não pensem com isto que sou contra a democracia, pensem sim que sou a favor da educação.

quinta-feira, maio 12, 2005

Tugas além-mar

O Tuga é um povo singular. Embora representemos apenas 0,0015% da população mundial, conseguimos ter representantes na nossa grandiosa nação em virtualmente todos os países do mundo. Mas será que estes nossos embaixadores passam uma imagem fidedigna e positiva do nosso país? (fidedigna sim, porque eutenho visto coisas nos telejornais que me poem a pensar duas vezes, mas positiva não). Comecemos pelo cinema onde, dos filmes que me lembro temos uma família de agricultores e domésticas em "O Fenómeno", uma família de taberneiros labregos em "Love Actually" e, mais recentemente um empregado de limpeza em "A Intérprete". Profissões honestas e verdade, mas penso que merecíamos algo mais, talvez um polícia, um médico ou até mesmo um psicopata tuga.
Passando para a vida real, temos dois casos recentes que apresentam de forma peremptória a grandiosidade da inteligência do Lusitano viajante.
Temos primeiro o caso do artista Ivo Ferreira (digo artista e não realizador porque com um currículo de filmes como "O Homem da Bicicleta" e "O Que Foi?" ainda não se pode considerar como tal). Este senhor, talvez por já ter alguns neurónios esturricados devido ao fumício, decidiu fumar um charro numa monarquia islâmica, algo que apenas poderia ser superado se fosse contrabandista de alcoól no Irão ou o representante do Klu Klux Klan no Zimbabwe. Eu, pessoalmente, penso que atitudes destas mereçam o castigo que ele enfrentava, mas ele lá foi safo, através de favores diplomáticos, de estar 5 anos numa cela com 6 pessoas (no Brasil chamam a isso solitária mas pronto).
Mas o tuga supera-se e, no dia em que Ivo Ferreira aterrou na Portela, um outro português foi apanhado, desta feita com um pouco mais de droga, no Chipre. Eu não sou consumidor destes produtos e, muito menos traficante mas, na minha opinião amadora, parece-me que atravessar a baixa de Nicósia com 4 Kilos de droga debaixo do braço não é muito inteligente. O Estado português teve. neste caso o bom senso de não apelar à clemência, ou que indignou a família do jovem José Costa Pereira que pensa que o rapaz andar com uma quantidade de estupefacientes suficiente para pôr toda a capital cipriota com uma pedrada, é algo que deve ser perdoado e desculpado.
Eu não tenho problema com as drogas, já que não as consumo e me afasto de zonas em que tal acontece agora meus amigos... É ilegal e, nalguns países, mais grave do que violar uma criança por isso tenham bom senso e pensem no que fazem porque algum há de pagar as consequências...

terça-feira, maio 10, 2005

Ausência prolongada...

É verdade... há muito tempo que ninguém escreve neste blog.
Não, não ganhámos o euromilhões nem assinámos nenhum contrato editorial, nem nos matámos uns aos outros devidos as visões de cada um. Houve simplesmente uma quebra colectiva e simultânea na vontade dos colaboradores deste espaço em postar.
No entanto, ao ver as visitas, reparei que continua a haver gente que visita o blog independentemente da paragem de 4 meses (e não me refiro áqueles que cá vêem parar com pesquisas de "como ganhar o euromilhões" e "como elaborar uma cerimónia de casamento" no google). Isto faz-me pensar que há mesmo gente interessada no que aqui se escreve e, assim, aproveito esta ocasião para relançar o blog e avisar que me encontro a reunir temas que valham a pena (ou não) referir, da forma a que este sítio já vos habituou.
Caso tenham sugestões de tópicos para posts ou músicas, mandem-me um mail ou deixem aqui um comentário.

sábado, janeiro 15, 2005

Casar: solução? CLARO!

"De acordo com um estudo elaborado pela Ecorex, entidade que organiza a Exponoivos, actualmente em Portugal gasta-se uma média de 20 mil euros por casamento. Significa isto que os 54 mil matrimónios celebrados em 2003 movimentaram mais de 1 mil milhões de euros, um volume de negócios que representa cerca de 1% do PIB e dava para construir doze estádios de futebol, avança o Expresso.
A Ecorex sublinha que os 20 mil euros correspondem a uma estimativa por defeito, tendo em conta apenas as despesas directamente relacionadas com a festa (vestido de noiva e fato do noivo, custos legais da cerimónia, boda e lua-de-mel), que praticamente duplicaram na última década. Se a este montante se acrescentar as aquisições e serviços relacionados com os convidados, os números disparam: a Ecorex calcula que uma cerimónia com 100 participantes ascende a 60 mil euros, avançando que a maior parte das festas conta com um número superior de convivas. Neste cenário, os casamentos em Portugal poderão representar cerca de 3,5% do PIB. Parte-se ainda do princípio que cada convidado gasta uma média de 400 euros com a participação na boda, englobando-se nesta despesa a prenda dos noivos, a compra de um fato ou vestido, sapatos, ida ao cabeleireiro e lavagem do automóvel. Conclusão da Ecorex: o casamento é um elemento dinamizador da economia nacional. A Exponoivos realiza-se no nosso país há 11 anos. "
E mais não digo. Se não querem trabalhar para tirar o país da crise.... olha, CASEM-SE!

sexta-feira, novembro 26, 2004

Elevadores

Elevadores... que invenção magnífica. É que para além de permitirem aos mais preguiçosos não mexerem os seus joelhos para subir umas escadas, são também tubos- proveta para se analisarem certos comportamentos sociais que, de outra forma, dificilmente se verificariam.
Agora que já disse algumas palavras mais finas, cheguemos ao cerne da questão (não consigo parar). Reparei no outro dia algo que um amigo meu me referiu logo a seguir: Num elevador, ninguém olha em frente. Temos aqueles indivíduos que olham para o chão, como que numa tentativa de encontrar uma lente de contacto perdida. temos também aqueles que olham para cima, admirando aquelas grades de ventilação e lâmpadas fluorescentes que iluminam o espaço, olhando sempre com um olhar bastante crítico, semelhante áquele verificados por gente que não dintingue um Chardonnay de uma copo de vinagre, quando prova um vinho num restaurante fino. Temos também aqueles que, numa tentativa de parecer mais discretos, lêem com um ar muito interessado aquelas placas nas paredes, cortesia da Otis, Thyssen e demais, como que numa tentativa de saber de cor a lotação e peso máximo da máquina.
Tudo isto acontece devido a duas situações. Se alguém for sozinho no elevador com gente que desconhece, olhá-los nos olhos assume um carácter de desafio primitivo, quase animal, sendo quase um pedido para despir o casaco e iniciar já ali uma recriação de uma qualquer cena de Rocky. Se, por outro lado, a pessoa em questão for acompanhada por amigos para o elevador já povoado, um olhar nos olhos do amigo traz inevitavelmente uma gargalhada incontrolável, como só acontece nas situações menos próprias. Assim, todo o contacto visual num elevador é sempre algo a evitar.
Temos também outro acontecimento num elevador: o cerco. Falo-vos daquela situação em que, estando já o elevador cheio quando se entra e, tendo tomado todos os presentes as suas posições junto às paredes, resta apenas um local de pousio: o meio. Quando alguém é forçado a ficar no meio, o desconforto de um elevador cresce exponencialmente, tanto numa tentativa de não virar as costas a ninguém, como o ridículo de estar a ser observado jocosamente por todos os presentes. Assim, o pobre desgraçado parece ter entrado num filme do mítico Steven Segal, em que todos os vilões formam um círculo para tirar a rifa para atacarem à vez o herói.
É giro pensar nestas coisas e lanço aqui um apelo para que sugiram e pensem em estratégias para superar este desconforto.
Saudações Simeanescas.

A função pública - aquela máquina...

Possuir mentalidade de funcionário público significa:
a) Ter duas ambições profissionais: ser chefe e atingir depressa a reforma;
b) Desejar que todo e qualquer feriado calhe a uma sexta-feira;
c) Achar que todos os trabalhadores deviam ser funcionários públicos, para “verem como elas mordem”;
d) Praticar o culto da hierarquia e da antiguidade no posto;
e) Rejeitar qualquer inovação no serviço: mudar de agrafes para clips “baralha logo o esquema todo”;
f) Deixar para amanhã o que pode ser feito hoje;
g) Sentir uma enorme satisfação de dever cumprido só por picar o cartão de ponto;
h) Combater a frustração de trabalhar imenso não fazendo nada pensando que há quem viva pior;
i) Sonhar que um dia ganhará o euromilhões;
j) Ambicionar que toda a extensa prole serão doutores;
k) Considerar-se em todos os momentos um agente da moral e da ordem;
l) Ter como jogo predilecto a “batata quente”: veja-se como um indivíduo vai, por exemplo, a uma repartição das finanças e sai de lá depois de ter visitado cada guichet pelo menos duas vezes;
m) Ter prazer em desanimar o “cliente” afirmando que “o carimbo que o formulário precisa vai demorar pelo menos 15 dias”, mesmo que o instrumento repouse na secretária;
n) Descascar a velhinha que demorou um minuto entre levantar-se da cadeira e chegar ao balcão para recolher a reforma e acalmar o executivo “sem papas na língua” dizendo: “tenha calma que aqui ninguém tem pressa... o senhor não queria que eu me enganasse em qualquer coisa e lhe estragasse o dia...”;
o) Afirmar que a assinatura no papel rejeitado que o executivo se queixa que foi mal preenchido não lhe pertence;
p) Ter o autocolante de “Por favor não fume” na secretária ao lado de um cinzeiro a apoiar um cigarro aceso;
q) Pedir ao “cliente” que não fume porque não gosta de “cheirar o fumo dos outros”;
r) Rejeitar a clientela toda afirmando que “o sistema tem estado todo em baixo”, quando é só o Solitaire que dá erro;
s) Vestir sempre xadrez;
t) Perguntar sempre “Está à espera de alguém?” quando chega ao balcão e está lá um indivíduo à espera;
u) Começar o discurso por “Olhe, meu/minha amiga/o” sempre que vai dizer que não pode resolver o problema apresentado;
v) Fazer greve porque quer ganhar mais e trabalhar menos, não obstante a produtividade estar perto de zero;
w) Aproveitar sempre que o “cliente” se apresente com melhor aspecto para dizer que “isto pelo processo normal demora «um bocadinho» mas se calhar eu posso fazer-lhe um jeitinho e apressar as coisas”, olhando descaradamente para o bolso da pessoa;
x) Insistir que “o formulário EQ3-B/125 versão 16 é no guichet ao lado” quando atrás tem um cartaz de dois metros quadrados alertando: “Formulário EQ3-B/125 versão 16 – Peça aqui”;
y) Disfrutar de uma pausa para café de 2/3 do dia de trabalho;
z) Cantarolar a música do Avante quando o rádio do local de trababalho não funcionar.

E o funcionário público não trabalha porque:
1 – Não precisa;
2 – É mal pago;
3 – Os outros também não trabalham;
4 – Nunca trabalhou.


quinta-feira, novembro 25, 2004

Então... Por cá?

Hoje decidi falar-vos dum movimento que dura já desdde o início da linguagem falada: A Pergunta Idiota.
Estava eu, uma destas noites, a contribuir seriamente para uma cirrose na minha vida adulta, numa conhecida discoteca lisboeta (como ninguém me paga, não faço publicidade) quando, numa necessidade humana de quem ingere vários litros de cerveja e bebidas brancas, tive de ir "trocar a água às azeitonas. Estando eu no meio do referido acto, eis que aparece um conhecido meu que se coloca no urinol ao lado e me lança a pergunta: "Então pá...por cá?...O que é que tás a fazer?". Eu, com mais alcoól que sangue na corrente sanguínea, não tive a capacidade de responder à altura. Mas vejamos, estava em de frente para aquele aplique de cerâmica mítico, com a breguilha aberta, com uma mão entre as pernas e outra a segurar um copo... estava claramente a praticar pesca desportiva.
Estas perguntas, retóricas no seu sentido, mas que todos usam como modo de iniciar uma conversa, são talvez a pior invenção em termos de comunicação, rivalizando mesmo com os rodapés de sms dos canais de TV e certos livros que vendem mais que papos-secos, que não vou nomear para não gerar polémica neste cantinho.
As variações destas perguntas são tantas que é impossível nomeá-las a todas, pelo que me vou apenas referir a alguns casos meus conhecidos.
Um conhecido meu contou-me que, estando ele à frente da banca de pipocas dos cinemas do El Corte Inglés, com o seu balde de pipocas tamanho jumbo e a sua Cola tamanho gigante, caminhava em direcção da sala de cinema onde iria assistir a um qualquer filme quando foi interceptado por um amigo seu que, antes de mais nada lhe disse "O que é que andas aqui a fazer?". Estupidificado pela pergunta do referido indivíduo e, não sendo ele um sujeito confrontativo, respondeu a verdade com ar de desprezo. Eu cá diria que me estava a preparar para me fazer à pista para o aquecimento dos 3000 metros obstáculos.
Voltando à minha experiência, aconteceu-me certo dia, depois das férias de Verão, encontrar um amigo que não via há algum tempo e que intercepta com a mítica pergunta: "Então... já voltaste?". Não, eu não havia voltado, estava ainda no Algarve e aquele vulto que surgia perto dele não era mais do que um produto da sua imaginação, ou até mesmo um holograma...não passava de uma ilusão.
A minha demanda e conselho de hoje não é que tentem acabar com este flagelo, já que isso é impossível. Peço-vos, isso sim, que comecem já hoje a pensar em respostas criativas, agressivas e altamente sarcásticas, numa tentativa de ensinar a esta gente, a pensar bem antes de perguntar, para além de conferir uma conotação cómica e alegre a qualquer início de conversa.
Saudações Simeanescas.

quarta-feira, novembro 17, 2004

Neve...

Hoje ouvi na rádio uma notícia que me deixou algo alarmado. Parece que certos especialistas publicaram um estudo que indica que o ritmo da descongelação dos glaciares dos alpes aumentou bastante nos últimos 15 anos, prevendo atambém que continuará a aumentar no futuro.
Eu sei o que devem estar a pensar mas não, o objectivo deste post não será dissertar sobre a vida pessoal de gente que passa 15 anos da sua vida a observar o gelo no cimo de montanhas. É que eu pus-me a pensar que isto pode ditar o fim da indústria do turismo de neve nesta zona, algo que torna a nossa Serra da Estrela em algo com mais procura por este turismo. Ora aqui está um problema, já que Portugal parece não gostar deste tipo de turismo. Digo isto já que, cada vez que caem mais de 10 cm de neve na serra, automaticamente as estradas são cortadas ao trânsito, talvez com medo que os turistas roubem a neve. Se, por acaso e obra do engenho, o turista conseguir escapar às barreiras da GNR, repara que tem de dormir ao relento, na medida em que, somando todos os quartos de hotéis, pensões, albergues e casas privadas, aquela zona tem uma lotação de cerca de 300 quartos que, também curiosamente, estão sempre esgotados.
Resta assim ao comum turista passar um dia na neve, voltando à noite para casa mas, até isso é complicado. A neve, devido à profusão de estradinhas e lojas, apenas tem cerca de 100 m2 de neve branca, estando este espaço com uma densidade populacional semelhante à da Costa da Caparica em Agosto, restando apenas a cada família o seu m2 de neve pura para disfrutar.
Agora se a pessoa quiser disfrutar de um desporto de neve e não possuir material para tal, o caso muda de figura. Pode então deslocar-se à loja de aluguer buscar equipamento nunca do tamanho pedido (está sempre esgotado), para além da qualidade deste rivalizar com doações feitas para a Santa Casa da Misericórdia, tal é o aspecto do dito.
Assim, resumindo, nada melhor que passar um fim de semana a dormir na Guarda ou Covilhã, levantar de madrugada para fintar a GNR, podendo depois optar entre chafurdar em neve que já tem mais gasóleo que água, reclamar o seu palmo de neve pura, ou tentar fazer ski com material que parece ter sido atingido por napalm.
Já sabe: Vá para fora... cá dentro.

A Bola no Café

Há já algum tempo que vinha congeminando esta fantástica teoria que de seguida vos apresento. Convém salientar que isto não é uma qualquer ideia que “sai da boca para fora”; pelo contrário, baseei-me num estudo que eu próprio efectuei, presenciando os factos “ao vivo e a cores”...
É ponto assente que nos cafés assiste-se às mais caricatas cenas de uma vida em sociedade. Pois venho falar-vos de um tema muito em voga nos cafés onde não se paga mais de .50€ pelo dito (Naturalmente que numa Versalhes, a probabilidade, se existir de todo, de se ouvirem conversas destas é muito reduzida...): o futebol.
Durante sensivelmente duas semanas, o tempo que estive em frequências, vi-me obrigado a antecipar o café da manhã para as oito da matina. (“Oh, mas se não tomavas o café da manhã a essa hora, que é mesmo de manhã, quando é que o fazias?” pergunta o/a leitor(a). Meus amigos, oito da manhã não é de manhã. É de noite. Café da manhã antes do meio-dia, não é café da manhã, é martírio.) Pois bem, caso não saibam, é por esta hora que o tuga médio/baixo bebe o seu café antes de se ir queixar para o trabalho porque trabalha muito e recebe pouco. Ora que outro tema de conversa pode surgir entre o cliente e o empregado de balcão, senão a bola?
Surpreendentemente, apesar da controvérsia que sempre acompanha o desporto, cliente e empregado parecem sempre chegar a um entendimento. Logo quando o que se queria era pancadaria com colheres, chávenas e pacotes de açúcar a voar...
No entanto, o processo pelo qual se chega ao referido entendimento varia. Ei-los:
1 – Entendimento por concordância. Este é o mais raro, uma vez que é incrivelmente difícil encontrar um cliente e um empregado adeptos do mesmo clube. Apesar de tudo, verifica-se. Partilhando da mesma felicidade ou abatimento, os dois falam sempre no mesmo sentido, acabando por ficar grandes amigos de ocasião.
2 – Entendimento por simpatia. Este desenvolve-se habitualmente no sentido empregado – cliente. Dado que uma conversa sobre futebol desponta sempre que um dos intervenientes refere uma qualquer injustiça ou lance duvidoso, quando tal acontece, o outro, apesar de secretamente dar urros e gritos de alegria pelo sucedido, expressa a sua simpatia para com o primeiro, referindo que “para a próxima corre melhor” ou que “de facto, eu próprio não tenho bem a certeza” (simultaneamente batendo três vezes num qualquer objecto de madeira à mão....)
3 – Entendimento por desconversa. Pessoalmente, o meu favorito. Tive oportunidade de presenciar umas quantas situações deste calibre e confirmo que servem de combústivel para uns bons minutos de gargalhadas... Exemplicando: cliente entra no café, inevitavelmente com um jornal desportivo debaixo do braço, e, depois de servido o “levanta a pestana”, lança a bomba: “Então e este Sporting hein? Bela poia que este Peseiro me saíu... “ Ao que o empregado riposta: “Não me diga nada! Às vezes fico doido com as substituições do Trappatoni...” “Vá lá que com o Boavista agora deu para encher o papo... para compensar as exibições de tanga que se devem seguir...” “Sim, do mal o menos.. não estamos em primeiro, estamos em segundo... Que é que se pode fazer?” E assim continua o diálogo, cada um falando do que lhe apetece, chegando curiosamente a um qualquer entendimento final, indo cada um para seu lado feliz por encontrar alguém que entenda as suas preocupações futebolísticas.
A título de conclusão, têmos que esta teoria só se verifica para o Benfica e o Sporting. Se por acaso um dos intervenientes tem a infeliz ideia de, em Lisboa, falar do Porto, aí não há entendimento possível, seguindo-se um chavascal de palavrões e insultos trocados...
Enfim, é o futebol. Move multidões, põe-nas à pancada, incita à leitura (veja-se a saída de jornais como A Bola, O Jogo ou o Record), promove comes e bebes tradicionais como a “mine” e a “sande de coirato”, dá dinheiro a toda a gente (até aos árbitros) e, mais que tudo, serve de conversa de café....

domingo, novembro 14, 2004

O Tuga faz sempre melhor...

Até na música o acima se verifica. Reparem como a qualidade da letra de uma música em inglês nada se compara, quando falamos de um mesmo tema, a morte causada por um desastre automóvel. Reparem na morbidez latejante e hiper-realismo brutal desse ícone da música ligeira nacional, quando comparado com essa fraca e extremamente leve letra de uma banda americana. Apreciem:


Pearl Jam - Last Kiss

Where, oh where, can my baby be?
The Lord took her away from me
She’s gone to heaven, so I’ve got to be good
So I can see my baby when I leave this world

We were out on a date in my daddy’s car
We hadn’t driven very far
There in the road, straight ahead
A car was stalled, the engine was dead

I couldn’t stop, so I swerved to the right
I’ll never forget the sound that night
The screamin tires, the bustin glass
The painful scream that I heard last

Oh where, oh where, can my baby be?
The Lord took her away from me
She’s gone to heaven, so I’ve got to be good
So I can see my baby when I leave this world

When I woke up the rain was pourin down
There were people standin all around
Something warm flowing through my eyes
But somehow I found my baby that night

I lifted her head, she looked at me and said
"Hold me darling, just a little while"
I held her close, I kissed her our last kiss
I found the love that I knew I had missed

Well now she’s gone
Even though I hold her tight
I lost my love, my life, that night

Oh where, oh where, can my baby be?
The Lord took her away from me
She’s gone to heaven, so I’ve got to be good
So I can see my baby when I leave this world


-

Graciano Saga - Vem Devagar Imigrante

"Imigrante vem devagar por favor,
temos muito tempo para lá chegar
e depois, lá diz o velho ditado:
Mais vale um minuto na vida,
do que a vida num minuto."

Passou-se no mês de Agosto,
este drama tão cruel
de um imigrante infeliz
Foi tanta a pouca sorte,
na estrada encontrou a morte
quando vinha ao seu país
Do trabalho veio a casa,
preparou a sua mala
e partia da Alemanha
Mas seu destino afinal
acabou por ser fatal
numa estrada em Espanha
Dizem aqueles que viram
que ele ia tão apressado
a grande velocidade
Foi o sono que lhe deu
o controlo ele perdeu
desse carro de maldade

Foi o sono que lhe deu
o controlo ele perdeu
desse carro de maldade

Trazia na sua mente
ir ver o seu pai doente
que estava no hospital
Na ideia um só pensar
o seu paizinho beijar
ao chegar a Portugal
Mas tudo foi de repente
partiu de Benavente
o drama aconteceu
Ele vinha tão cansado
de tanto já ter rolado
e então adormeceu
Nada podendo fazer
num camião foi bater
e deu-se o choque frontal
Seu carro se esmagou
e desfeito ele ficou
num acidente mortal

Seu carro se esmagou
e desfeito ele ficou
num acidente mortal

Ele não vinha sozinho
trazia também consigo
sua mulher e filhinho
Sem dar conta de nada
e naquela madrugada
morrem os três no caminho
Quando a notícia chegou
no hospital alguém contou
o desastre que aconteceu
Seu pai que tanto sofria
nunca mais o filho via
fechou os olhos morreu
Imigrantes oiçam bem
não vale a pena correr
porque pode ser fatal
Venham todos devagar
há tempo para cá chegar
e abraçar Portugal

Venham todos devagar
há tempo para cá chegar
e abraçar Portugal

sábado, novembro 13, 2004

Comprar mais do mesmo, não significa pagar menos...

Todos nós estamos familiarizados com expressões como “olhe que a arroba é mais barata”, ou “se levar mais qualquer coisinha faço-lhe um descontozinho”, ou mesmo “leve três e pague 2”. Estas traduzem a simples ideia de que comprar muito custa menos e correspondem àquilo que na gíria comercial se denomina por “desconto de quantidade” (vá-se lá saber... os nomes que eles «inventem»).
Ora se antes a estratégia dos comerciantes (todos aqueles que vendem alguma coisa... não são só merceeiros como pensaram) era despachar a mercadoria rápido, mesmo que isso significasse não receber tanto, agora encontraram um esquema surpreendentemente elaborado e complicado para aproveitar as vantagens do método acima descrito, sem sofrer o seu lado menos bom... No entanto, eu, Fragata, sempre na denúncia das injustiças praticadas diariamente pelos poderosos neste nosso país “de tanga”, na protecção dos cidadãos oprimidos, decidi revelar ao mundo esse plano diabólico e terrífico engendrado pelos responsáveis dos pardieiros comerciais que acolhem habitualmente a mais diversa e interessante fauna tuga.
Acontece que há uns dias, circulava eu numa superfície comercial em Benfica depois de adquirir um belo exemplar da literatura de 1935, quando me veio à memória a ausência de pastilhas elásticas no porta-luvas do meu veículo (fica aqui o aviso: nunca andem sem pastilhas no carro. Ter pastilhas à mão é como ter o canivete do Macgyver em versão comestível). De imediato me dirigi ao supermercado cujo nome não vou revelar para proteger sensibilidades. Chegado ao Continente, fui directo para as caixas, já que é aí que os marketeers do estaminé resolveram pôr as pastilhas, numa tentativa de despertar um qualquer desejo de última hora. Dado que agora disponho de mais tempo do que consigo gastar, quando me aproximo das prateleiras, por uma qualquer razão inexplicável, fiquei intrigado com o facto de terem pacotes separados e pacotes de conjunto no mesmo sítio. Recordando o velho adágio de que “ao quilo é mais barato” lancei a mão para o pacote de três. Porém, ao olhar de relance para os preços, qual não é o meu espanto quando constato que o pacote de conjunto de três era mais caro do que adquirir três pacotes individuais! Incrível! Aproveitando-se desta noção antiga incutida na população tuga no decorrer de muitos séculos, andam os chicos espertos a fazer quatro centimos de euro por cada panhonha que ludibriam na compra de pastilhas elásticas! Sabe-se lá o que virá a seguir.... 6 pacotes de leite separados mais baratos que uma pacote de conjunto de 6?! Estamos encaminhados para a destruição!
Fica aqui lançado o repto: Comprem tudo o que tiverem de levar em quantidade em porções individuais! Assim poupam dinheiro (para alimentar a crise que essa ultimamente anda esfomeada... temos de ser uns para os outros), e ao obrigarem o pessoal das caixas a passar uma infinidade de artigos pelo leitor, criarão filas imensas nos supermercados, obrigando os donos a contratar mais pessoal para as caixas. Tal situação, não só levará a que os donos das superficies comerciais portuguesas percam dinheiro com o pessoal, como perderão dinheiro por tentarem aldrabar o forreta povo português! E mais! Por outro lado, uma medida destas tomada em massa, reduziria o desemprego, constituíndo uma força extra no motor de arranque da nossa economia que há muito parece ter enferrujado e perdido o hábito de lançar Portugal...
E tudo isto, comprando pastilhas mais baratas....

sexta-feira, novembro 12, 2004

"A água" por Manoel Maria Barbosa du Bocage

Nota: Achei por bem desta vez não censurar as palavras mais ofensivas. Tudo em prol da manutenção da beleza original da obra poética que se segue.


Meus senhores eu sou a água
que lava a cara, que lava os olhos que lava a rata e os
entrefolhos que lava a nabiça e os agriões que lava a piça e os
colhões que lava as damas e o que está vago pois lava as mamas e
por onde cago.

Meus senhores aqui está a água
que rega a salsa e o rabanete
que lava a língua a quem faz minete que lava o chibo mesmo da
rasca tira o cheiro a bacalhau da lasca que bebe o homem que bebe
o cão que lava a cona e o berbigão

Meus senhores aqui está a água
que lava os olhos e os grelinhos
que lava a cona e os paninhos
que lava o sangue das grandes lutas que lava sérias e lava putas
apaga o lume e o borralho e que lava as guelras ao caralho

Meus senhores aqui está a água
que rega as rosas e os manjericos
que lava o bidé, lava penicos
tira mau cheiro das algibeiras
dá de beber às fressureiras
lava a tromba a qualquer fantoche e lava a boca depois de um
broche.

O alcóol explicado

1 - O USO CONTÍNUO DO ÁLCOOL PODE LEVAR AO USO DE DROGAS MAIS PESADAS?
Não, o álcool é a mais pesada das drogas - uma garrafa de cerveja pesa cerca de 900 gramas.
2 - A CERVEJA CAUSA DEPENDÊNCIA PSICOLÓGICA?
Não. 89,7% dos psicólogos e psicanalistas entrevistados afirmam que preferem uísque.
3 - AS MULHERES GRÁVIDAS PODEM BEBER SEM RISCO?
Sim. Está provado que nas operações STOP os polícias nunca fazem o teste às grávidas... E mesmo que tenham de andar em linha recta, os guardas acham que ela está torta pelo peso da barriga.
4 - A CERVEJA PODE DIMINUIR OS REFLEXOS DOS MOTORISTAS?
Não. Uma experiência foi feita com mais de 500 motoristas: foi dada 1 caixa de cerveja a cada um, e, em seguida, colocaram um por um diante de um espelho. Em nenhum dos casos os reflexos foram alterados.
5 - EXISTE ALGUMA RELAÇÃO ENTRE A BEBIDA E O ENVELHECIMENTO?
Sim. A bebida envelhece muito depressa. Para se ter uma ideia, uma cerveja aberta em cima da mesa, sem um acondicionamento especial, perde o seu sabor em aproximadamente quinze minutos.
6 - A CERVEJA ATRAPALHA NO RENDIMENTO ESCOLAR?
Não, pelo contrário. Alguns donos de faculdades estão a aumentar os seus rendimentos com a venda de cerveja nas proximidades de bares universitários.
7 - A BEBIDA MATA?
Sim. Há anos atrás, soube-se que um rapaz, ao passear pelas ruas, foi atingido por 1 caixa de cerveja que caiu de um camião, levando-o à morte instantânea. Além disso, casos de enfarte do miocárdio em idosos têm sido associados às propagandas de cervejas com modelos semi-despidas.
8 - O QUE FAZ COM QUE A BEBIDA CHEGUE AOS ADOLESCENTES?
Inúmeras pesquisas vêm sendo feitas por laboratórios de renome, e todas têm o mesmo resultado, indicando que em primeiro lugar estaria o empregado de mesa.
9 - CERVEJA CAUSA DIMINUIÇÃO DA MEMÓRIA?
Que eu me lembre não!

Comentários...

As mudanças no blog tiveram um aspecto negativo: perderam-se os comentários.
É verdade... a conversa de circunstâcia, os elogios, críticas, chingamentos e discussões que quase levaram a vias de facto foram perdidas devido à mudança do servidor que fornece este serviço.
Quero agradecer aqui a todos aqueles que comentaram, dizer-lhes que a sua contribuição fez deste espaço algo de suportável e apelar-lhes que continuem a comentar, a discutir ou simplesmente a ler.

Novos tempos...

Como podem ver, o blog sofreu uma remodelação estética, já que me estava a parecer que o antigo visual já cansava.
Estas alterações deixam sempre alguns detalhes por acertar, pelo que não se admirem o desmoralizem se algumas das funcionalidades pararem de funcionar.
Teremos este vosso pequeno cantinho de sabedoria a correr na sua máxima força brevemente...

Saudações Simeanescas

quinta-feira, novembro 04, 2004

Virgindade autenticada

"No arquivo distrital de Viseu existe um documento cuja data não nos foi possível precisar, mas que nos parece ser do início deste século.
É um certificado passado por uma parteira da época, chamada Bárbara Emília, natural de Coira, Viseu, a pedido de uma jovem que pretendia libertar-se da difamação e provar a sua virgindade, para contrair casamento.
O documento dizia assim:
Eu Bárbara Emília, parteira que sou de Coira, atesto e certufico pela minha onra que Maria de Jesus tem as partes fudengas tal e qual como nasceu, insceto umas pequenas noidas negras junto dos montes da crica que a não serem da nascença sarão provenientes de marradas de piça."
Ora aqui está uma excelente peça de jornalismo, desta feita proveniente da Gazeta do Tejo....

quarta-feira, novembro 03, 2004

Levem Tudo Menos a Inteligência

Quando parecia que já estava provado que o tuga era o habitante mais primário do velho continente, a TVI brinda-nos com mais um programa que reforça todas as teorias sobre o terrivel ensino que se pratica neste país.
Fazendo um habitual "zapping" de fim de tarde, apanhei em flagrante, Carlos Ribeiro esse ícone da televisão portuguesa que se notabilizou ao apresentar a Casa Cheia, ao comando de mais um maravilhoso programa - Levem Tudo Menos a Casa. Este, consiste nos concorrentes apostarem pelas da sua casa em troca de dinheiro ou de outros bens, para isto só têm de responder a perguntas cujo nível de exigência roça o rídiculo. Mesmo assim o tuga médio não consegue ultrapassar este disparatado exercicio de cultura geral ..... em poucos minutos de visionamente presenciei uma Dona Elvira a dizer que o 2º rei de Portugal teria sido Afonso II, que o 5 de Outubro comemora a Independência Nacional e que Richard Nixon foi o responsavel pela participação dos EUA na 2ª guerra mundial. Com tamanha demonstração de cultura, chego à simples conclusão que a senhora deve ter saltado todo o ensino primário vista a elementariedade das questões em causa.
Após a eleição de George W. Bush e quando todo o mundo pensava que os americanos eram a população mais básica do mundo, a TVI e Carlos Ribeiro lembram-nos que não. Perante isto apenas me resta agradecer.

quinta-feira, outubro 28, 2004

Lucas - o génio ingénuo?

A professora estava com dificuldades com um dos alunos.
-Lucas, qual é o problema?
- Sou demasiado inteligente para estar no primeiro ano. A minha irmã está no terceiro ano e eu sou muito mais inteligente do que ela, quero ir para terceiro ano também!
A professora vê que não vai conseguir resolver o problema e manda-o para o conselho directivo. Enquanto Lucas está na sala de espera, a professora explica a situação ao director pedagógico,
este decide fazer um teste ao miúdo. A professora chama o Lucas e explica-lhe que lhe vão fazer um teste e caso ele responda correctamente a todas as perguntas passará automaticamente para o terceiro ano.
O Director começa:
- Lucas, quantos são 3 vezes 3?
- 9.
- E quantos são 6 vezes 6?
- 36.
E o director continua com as perguntas a que um aluno do terceiro ano deve saber responder e Lucas não erra nada. O director diz para a professora:
- Acho que vamos mesmo que passar o Lucas no terceiro ano.
- Posso fazer algumas perguntas também, Sr. Director? - pergunta a professora.
O director concorda e a professora começa:
- O que é que a vaca tem quatro e eu só tenho duas?
Lucas pensa um instante e responde:
- Pernas.
Ela faz-lhe outra pergunta:
- O que é que tu tens nas tuas calças que eu não tenho nas minhas?
O director arregala os olhos, mas não tem tempo de interromper...
- Bolsos - responde Lucas.
- O que é que entra na frente da mulher e que só pode entrar atrás do homem?
Estupefacto com os questionamentos, o director prende a respiração....
- A letra "M". - responde o miúdo.
A professora continua o questionário:
- Onde é que a mulher tem o cabelo mais encaracolado?
- Em África.
- O que é que é mole, mas na mão das mulheres fica duro?
- O Verniz.
- O que é que as mulheres têm no meio das pernas?
- Os joelhos.
- O que é que a mulher casada tem mais larga que a solteira?
- A cama.
- Qual o monossílabo técnico que começa com a letra C e termina com a letra U e ora está sujo ora está limpo?
- O céu.
- O que é que começa com C tem duas letras, um buraco no meio e eu já dei a várias pessoas?
- CD.
Não se contendo mais, o director interrompe, respira aliviado e diz à professora:
- Ponha o Lucas no quarto ano.
Até agora EU errei todas!!!

Nota: Em tempo de frequências é difícil arranjar tempo para encontrar temas de dissertação e crítica para "postar". Daí que, pelo menos durante mais uma semana, vos irei brindar com este estilo de coisa... No entanto, quando há falta de tempo para dar largas à criatividade e imaginação, há sempre uma história de um Lucas a pedir para ser revelada ao mundo...

quarta-feira, outubro 27, 2004

Será ?

Marcelo Rebelo de Sousa - "Paes do Amaral convidou-me a repensar a orientação dos meus comentários"

Será que foi pressionado ? Eu cá acho que não, mas não sei.

(Posts pseudo políticos costumam ter muito sucesso na blogosfera, vamos ver se aqui também pega)

Saudações

terça-feira, outubro 26, 2004

Geração Perdida...

Na falta de inspiração fresca, retorno a um dos meus assuntos de conversa preferidos, na esperança de criar alguma embalagem para futuros posts, o futuro da educação audiovisual das gerações que se avisinham.
Falo-vos das infindáveis horas que uma criança passa diante de um ecrã de televisão. Para mim, esses momentos deviam ser recheados de conteúdos que ajudem a formar carácter, personalidade e cultura. Fico alarmado quando vejo que, embora a televisão tenha mais 40 e tal canais do que no meu tempo, a qualidade é pior. Já faleia aqui de desenhos animados em posts anteriores, pelo que agora passo a filmes e séries. Onde está o Knight Rider, o Esquadrão Classe A, a Baywatch desta geração? Nem mesmo Bervely Hills 90210 ou 21st Jump Street sobreviveram ao passar dos anos... Agradeço, no entanto, aos senhores dos canais SIC, que conseguiram amenizar esta situação através da transmissão de clássicos como Seinfeld,Alf ou Mad About You. Mas mesmo assim, não basta.
Esta geração peca em termos de heróis de acção. Onde estão os substitutos de Stallone, Bruce Willis, Schwarzenegger, Chuck Norris, Van Damme ou Steven Segall? (sim, porque qualquer rapaz nascido em finais de anos 70 até meados de 80 tem, na sua colecção de VHS's uma cópia já bem gasta de rebobinar de Rambo, Assalto ao Arranha-céus, Exterminador Implacável, Rocky ou Desaparecido em Combate).
Os senhores de Hollywood decidiram assim que, já que não pode haver acção, nos vão brindar com magias, pelo que os jovens de hoje crescem a ver filmes como Harry Potter. Agora digam-me, por favor, como é que é possível que uma pessoa se torne num indivíduo correctamente balanseado se nunca partilhou com amigos a visão de uma personagem a curar uma ferida rebentando pólvora sobre ela, ou um polícia andar descalço sobre vidros e matar com apenas uma pistola, 30 terroristas armados até aos dentes, com a ocasional piadinha no meio. Como é que uma criança se torna homem se, aos 9 ou 10 anos, não solta uma risada ao ver terroristas a ser decepados com uma pá ou explosões em massa que destroem bases inimigas? Agora parece que as crianças só querem ver varinhas de condão e duendes fedorentos. Se querem uma opinião, acho mal. Os pais acham bem, é claro, já que bem me lembro de ver a minha mãe ficar um pouco chateada quando me via a adorar a forma como John Rambo se tornava à prova de bala e rebentava um helicóptero de combate soviético, num combate frontal com metralhadoras, enquanto à sua volta fica tudo crivado de balas.
Este assunto poderia pôr-me a falar por dias mas, como eu e vocês temos coisas mais importantes a fazer do que remoer no passado, vou-me pôr a andar daqui.
Tentem influenciar as gerações mais novas e impinjam-lhes esses clássicos das nossas juventudes. Obrigado

quinta-feira, outubro 21, 2004

O regresso......de Nuno Rogeiro

Muito se tem especulado acerca de Nuno Rogeiro. Aliás, já aqui foi avançado que o senhor pode, efectivamente, ser um ciborgue.
Porém, foi ao ler a página de opinião de uma revista credível como é a Sábado que finalmente cheguei a uma conclusão definitiva. Acontece que consta a seguir ao nome do «opinador» em questão, a sua profissão. Ora, já todos sabemos que os indivíduos que não têm uma profissão clara ou que aquela que desempenham é duvidosa, os editores desencantam um mister para a pessoa.
Sabemos que se a pessoa pertence (ou se diz que pertence) ao jet-set nacional é sempre empresário/a. Sabemos que se a pessoa deteve um qualquer cargo relevante e agora não faz a ponta, surge sempre como ex-(cargo em questão). Sabemos que se uma pessoa se limita a mandar a sua boca de vez em quando é apelidada de comentador(a).
Contudo, Nuno Rogeiro não se inclui, surpreedentemente, em nenhuma destas categorias. Descobri que, afinal de contas, o senhor era "politólogo".
Sumamente interessado em saber em que consistia tal profissão, de imediato peguei no meu "dicionário da língua portuguesa" e parti em busca de tão curiosa palavra. Acontece que, em 235.000 termos e expressões que o referido dicionário alberga, politólogo não parece ser um deles. Enfim, a odisseia continua. Parece que até já foi anunciada uma recompensa para aquele que desvende tão bem guardado mistério...
Por enquanto, temos de nos ficar pelo politólogo, assim chamado quiçá pelo seu aparente conhecimento de tudo o que é facto/fenómeno político, social, económico, histórico, cultural, natural, desportivo, metafísico, etc...
Vendo bem, se o gajo sabe tudo e fala de tudo qual enciclopédia da história do Homem, e em cima disso consegue andar, só pode mesmo ser um ciborgue...

sábado, outubro 16, 2004

Desculpas...

Como devem ter reparado, ultimamente o ritmo e a quantidade de posts neste blog tem decaído notoriamente.
Queria aporveitar este post para explicar esta situação que se deve, na maior parte dos casos, à falta de inspiração para escrever e também ao facto de todos ós colaboradores deste humilde canto serem frequentadores de universidades (reparem que não uso o termo estudantes, já que na maioria dos casos, não primamos pelo brilhantismo académico).
A rotina diária mudou, já não estamos de férias com os dias inteiros para esponjar e tentar arranjar tópicos, pelo que os posts já não são tantos quantos se desejam.
Esta explicação pareceu-me devida já que, embora as visitas diárias tenham reduzido, temos ainda bastante gente a visitar-nos pelo que me pareceu imperativo um esclarecimento.
Não encarem isto como uma declaração de despedida, mas como uma forma de dizer que iremos tentar inverter a situação e não deixar isto ao abandono.

Saudações Simeanescas

segunda-feira, outubro 11, 2004

Sumo

Existirá alguma coisa mais homosexual que as lutas de sumo ???
Eu pensei durante horas mas não me recordei de nenhuma. Convenhamos que dois Nipónicos obesos, besuntados com cremes afrodisíacos, em cueca fio-dental, com um carrapito na cabeça aos empurrões, não é algo muito masculino. Para juntar a este cenário de horror, o árbitro apesar de homem, enverga um vestido do tipo colonial, e a banda sonora do "combate" resume-se a um senhor a tocar pandeireta. Quanto a vocês não sei, mas isto para mim só faz sentido se entendermos esta arte como uma maneira de gozar com os gordos, ainda por cima eles são catalogados consoante o seu peso podendo ser Sekiwake, Maegashika ou o apogeu de uma vida como consumidos de MacDonald's e farturas - Yokozuna.
Isto tudo sem contar com o facto de que é visionado num estádio por milhares de senhores com um pénis que segundo reza a lenda não prima pelo comprimento.
Graças a Deus que existe o futebol.

Demolição de Interiores

Há dias ao fim de 3 horas de sono após uma excitante noite de corridas de caricas em pista coberta ali para os lados de Alcobaça e de uns copos a mais de Xeropiga, acordei com a sensação que me encontrava bem no centro da Rua Joaquim António de Aguiar antes do embargamento do famigerado tunel do Marquês. Utilizo este corriqueiro exemplo para simplesmente dizer que o meu vizinho do andar de baixo decidiu por bem por verdadeiros "Stallones" a rebentar com as paredes da sua habitação. Eu não faço ideia o que vai na cabeça do senhor, mas não é de todo agradável acordar às 9h da manha após tanta farra, com uma dúzia de martelos pneumáticos comandados por senhores com amor pela destruição e por picaretas erguidas violentamente por ex-mineiros que dedicaram toda uma vida à procura de volfrâmio.
Com tamanho caos, julgo que mais dia menos dia o prédio vai abaixo por derrube de um pilar estruturante pois garanto quase com certeza que a ideia do senhor será a inexistência total de paredes na sua habitação.
Temos de confiar no bom gosto dos arquitectos e tentar manter as linhas estruturais das nossas habitações, caso contrário estaremos a contribuir para demolições em massa ou para o aumento do negócio dos médicos otorrinos.

sábado, outubro 09, 2004

A Teoria da Masturbação

Todos sabem que o melhor amigo do homem ao contrário do que fazem passar não é o cão, mas sim a mão. Como refere Woody Allen: "A masturbação é fazer amor com a pessoa de quem mais se gosta" contudo, esta tem sido reprimida ao longo dos séculos tendo assumido nos últimos tempos proporções alarmantes.
Antigamente, a Tv Cabo abriu novas portas a esta arte. Bons serões de quinta, sexta e sábado se passavam com o canal 18 sintonizado, de tal forma que ao mesmo tempo que se aliviava um homem podia-se tornar um verdadeiro poliglota aperfeiçoando o seu castelhano. Também existiam alternativas para quem não apreciava um hardcore tão descarado, aos domingos estava dísponivel erotismo francês no M6, na Rtp2 volta e meia passava esse clássico do cinema alternativo Emmanuelle e nos canais alemães tinhamos os spots publicitários extremamente sensuais.
Toda esta programação que tantos jovens formou ao longo dos anos, quais aulas de educação sexual, foi censurada com uma lei verdadeiramente anti conhecimento, e os canais não pornográficos mas que transmitiam programação erotica, desapareceram misteriosamente da programação. A juventude contudo tentou-se adaptar a coisa, utilizando o fashion Tv e os seus fantásticos Midnight Hot como distração, mas rapidamente também este canal foi ao ar.
De tal forma que hoje em dia um rapaz que queira "brincar" um pouco, está numa situação semelhante à que estaria Woody Allen se tivesse vivido em Portugal no séx XV, é uma verdadeira caça ás bruxas semelhante à inquisição, restando apenas a programação ordinária da Sic Radical, os reclames publicitários aos abdominais e nádegas ou para os mais desesperados, esse ícone da comédia erótica Maré Alta.